Você provavelmente já olhou uma tatuagem e questionou qual é o significado dela. Para as mulheres que abriram o coração e compartilharam suas histórias de vida e sofrimento em Sobre Essa Pele, elas significam uma nova fase. Como diz a abertura do programa, “não é sobre tatuagem, é sobre autoestima e sobre recomeços”.
A série documental, que estreia nesta quinta-feira (24/10) na Max e no canal fechado Home & Health, mostra como a tatuagem ajudou a ressignificar cicatrizes provocadas por momentos impactantes da vida dessas mulheres. Ao longo de 10 episódios, o público vai conhecer 20 histórias que prometem cativar, emocionar e inspirar.
“Tem histórias incríveis. Eu me emocionei, diria que talvez em todos [os episódios], mas acho que no segundo, no quinto e no último eu me emocionei de falar: ‘Nossa, está demais’”, conta o produtor da série, Gabriel Correa e Castro. Ele foi um idealizadores do projeto, após ser apresentado ao trabalho das tatuadoras Raquel Gauthier e Margarita Sultanova pelo amigo Wilson Barros, que hoje é diretor da produção.
“O que elas fazem é único. Talvez, em todo o mundo, existam poucas profissionais que tenham o tamanho do talento e criatividade e esse nível de especialização que elas têm”, avalia Correa e Castro sobre as profissionais.
Sobre Essa Pele leva o nome do estúdio de tatuagem de Raquel e Margarita, localizado em São Paulo. Especialistas em tatuagens sobre cicatrizes, elas mostram seu talento não apenas na cobertura das marcas, mas também no desenho a mão livre e no cuidado com as clientes. “Meu trabalho é uma reconexão com seu corpo, com sua história”, afirma Raquel no primeiro episódio da produção, disponibilizado previamente ao Metrópoles.
Como funciona a seleção para Sobre Essa Pele?
Com um processo minucioso, 20 mulheres foram escolhidas entre centenas delas para contar suas histórias. Chegar até a gravação não foi simples, mas o caminho foi preparado de forma cuidadosa pela produção de Sobre Essa Pele.
A diretora de produção executiva da Warner Bros. Discovery, Adriana Cechetti, explica que o processo de casting começa no desejo da pessoa de contar a história dela para o público. Outro ponto de extrema importância era a pessoa ter o desejo de fazer uma tatuagem para cobrir uma cicatriz.
Para encontrar essas mulheres, foram avaliadas histórias enviadas nas redes sociais das tatuadoras, que contam com listas de espera de mais de um ano. Após a seleção inicial, as mulheres passaram por uma série de entrevistas com psicólogos.
“A gente tem todo um cuidado, até porque é uma série com uma tema muito sensível. Então todo esse ambiente acolhedor foi montado desde a seleção até o fim da execução do projeto”, enfatiza Adriana.
Gabriel Correa e Castro ressalta que era necessário para eles ter a certeza de que a participante estava disposta a aparecer e contar a própria história. “A gente está aqui não só pelo entretenimento, mas também para ajudar essas mulheres, conseguir fazer com que elas possam virar essa página na vida delas.”
As mulheres pagam pelas tatuagens?
Muitas questões vêm à mente quando se acompanha um programa documental. Uma delas é sobre como funciona o pagamento pelos serviços, se existe algum desconto para os clientes ou se o pagamento sequer é feito.
Ao Metrópoles, Adriana Cechetti explica que cada programa tem uma dinâmica. No caso de Sobre Essa Pele, existe um acordo direto entre as tatuadoras e as clientes sobre o pagamento, com o qual a produção não está envolvida. A única diferença é que algumas pessoas que estavam na lista de espera tiveram a chance de fazer as tatuagens antes da data prevista.