O deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL-GO), suspeito de manter relações sexuais com menores de 18 anos, afirmou em nota que “tentam estabelecer uma narrativa desonesta, baseada na distorção de fatos que teriam ocorrido e que supostamente envolveriam indiretamente meu nome”.
“Deploro a utilização preconceituosa, mesquinha e criminosa de minha pública orientação sexual como arma política. Sou homossexual, não sou bandido. Bandidos são os que se levantam contra mim”, alegou o parlamentar.
Nessa quinta-feira (12/12), a Polícia Civil de Goiás deflagrou a Operação Peneira, cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão contra três pessoas denunciadas por invadir a residência de um adolescente para, supostamente, apagar imagens comprometedoras contra o parlamentar que estariam no celular da vítima.
Um dos presos na operação é segurança do deputado e mora na casa de Alcides em Aparecida de Goiânia. O outro é assessor de Alcides Ribeiro em Brasília.
“Rechaço de forma veemente o envolvimento de meu nome num cipoal de inverdades, adrede concebidas pelos que, em momento político delicadíssimo no país, embalam o circo midiático montado pela espetaculosa Operação Peneira”, arguementou o deputado em nota.
Os mandados foram cumpridos pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia.
O parlamentar disse que processará os envolvidos nas acusações “falsas” envolvendo o nome dele, e defendeu que isso é um reflexo da homofobia social.
“Reconheço-me como homossexual. Sofri por toda a minha vida inúmeras formas de preconceito. A homofobia é um crime. A utilização do aparato policial para uma evidente operação midiática é crime. A tentativa de enxovalhamento da reputação de um homem honesto é crime”, ressaltou o parlamentar.
Em outubro, Alcides Ribeiro foi candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, segunda maior cidade de Goiás, e recebeu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao mesmo partido. Ele terminou a eleição em segundo lugar, atrás de Leandro Vilela, do MDB.