Com a conclusão da segunda leva de julgamentos dos acusados de participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, subiu para 23 o número de extremistas baianos que responderão criminalmente no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na série de atentados aos Três Poderes. No último dia 24, a Corte já havia acatado a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 100 militantes bolsonaristas e tornado réus sete dos 67 radicais da Bahia presos após os ataques em Brasília. Na sequência, o STF formou maioria para incluir mais 200 denunciados na lista de alvos de ações penais por ligação com os atos, sendo 16 deles baianos.
Projeção de engorda
Até agora, o grupo de extremistas da Bahia que se tornaram réus no STF é formado por 14 homens e nove mulheres. No entanto, a quantidade deve crescer a partir de hoje, quando a Corte começa a definir o futuro de outros 250 presos pelos ataques, em julgamento virtual previsto para terminar na próxima segunda.
Aviso prévio
Pela fartura de indícios anexados à denúncia da PGR, os 23 radicais baianos dificilmente escaparão de pagar a conta dos atos de 8 de janeiro. Uma parte responderá por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, dano qualificado e depredação de patrimônio tombado. A outra, composta por autores intelectuais do ataques e acusados de instigá-los, será processada por associação criminosa e incitação ao crime.
Digitais do vacilo
Integrantes do núcleo-duro do Palácio de Ondina atribuem ao secretário estadual da Casa Civil, Afonso Florence, a trapalhada que levou o governador Jerônimo Rodrigues (PT) a nomear, de forma ilegal, o auditor Ronaldo Nascimento para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) na cota reservada aos servidores do órgão. À Satélite, afirmam que é dever de Florence verificar previamente a legalidade dos atos do governador, evitando que decisão fosse publicada sem aval do plenário da Assembleia Legislativa, como manda a lei. O desleixo, criticam as fontes, expôs Jerônimo à artilharia da oposição e o obrigou a anular a nomeação de Nascimento para corrigir a bagunça.
Tapa-buracos
Após a Gol deixar de operar nos aeroportos de Barreiras, Teixeira de Freitas e Lençóis, fruto de promessas não cumpridas pelo governo baiano, o secretário estadual de Turismo, Maurício Bacelar, fechou um acordo para cobrir o buraco de forma temporária. Segundo apurou a coluna, Bacelar convenceu a Latam a assumir o espaço da Gol e reativar os voos nos três terminais, feitos em aeronaves de menor porte que pertencem à Voe Pass (ex-Passaredo).
Se a moda pega…
Desembargador em Brasília, Cândido Ribeiro abriu uma brecha para que colegas da Bahia implicados na Faroeste consigam aposentadoria sem o cerco imposto pelo Superior Tribunal de Justiça. Também investigado por venda de sentenças, Ribeiro se aposentou ontem por invalidez e escapou do STJ.