Um homem suspeito de liderar uma facção criminosa do Rio Grande do Norte foi morto em um tiroteio na Paraíba na madrugada desta quarta-feira, 15, durante uma operação realizada em conjunto pelas polícias civil e militar dos dois Estados. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil do RN nesta manhã. A morte já é a terceira desde que gangues de bandidos passaram a realizar ações de vandalismo em pelo menos 14 cidades potiguares, na noite da última segunda, e sob a coordenação de uma facção. A primeira morte foi de um suspeito de envolvimento nas ações criminosas na madrugada de terça. Já a segunda, ainda sem confirmação da relação direta com as ações da facção, foi de um dono de supermercado que foi baleado ao ter o estabelecimento assaltados na noite desta terça. Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados pelas autoridades de segurança do Rio Grande do Norte. A reportagem tenta contato com a Polícia Civil da Paraíba para obter outras informações.
Ainda segundo a SSP-RN, até o momento, 30 suspeitos já foram presos. Dentre eles há um adolescente, três foragidos da Justiça recapturados, um tornozelado preso com arma de fogo, um tornozelado com galão de gasolina e um ferido que foi encaminhado a uma unidade de saúde. Além dos presos, a polícia, que conta com apoio de 200 agentes da Força Nacional, apreendeu sete armas de fogo, um simulacro, 30 artefatos explosivos, oito galões de gasolina, cinco motos, dois carros, além de dinheiro, drogas e munições.
O Rio Grande do Norte vive momentos de terror e caos várias cidades, entre elas a capital, desde a madrugada de terça, com gangues de bandidos realizando atos de vandalismo, atirando e ateando fogo contra carros e prédios públicos. O secretário de Segurança Pública e da Defesa Social do Estado, coronel Francisco Canindé, diz acreditar que as ações sido motivadas em resposta a uma operação policial realizada há 15 dias. Outras autoridades apontam ainda que as ações foram comandadas de dentro do presídio de Alcaçuz, o maior do RN, onde se encontrava o líder de uma das facções mais poderosas do Estado. As autoridades também apontam que a motivação tem relação com insatisfações dos presos, como em relação às restrições de visitas íntimas, aplicadas no final de 2022 e em vigor até o momento, e falta de produtos de higiene nas unidades prisionais.