O suspeito de matar apedrejado Lucas Felipe de Santana Viana, em Campo Formoso, norte da Bahia, foi preso pela polícia. O crime aconteceu no estacionamento do Clube de Campo Juá, no final da tarde do último domingo (17).
O suspeito, de 26 anos, não teve a identidade revelada. Segundo a Polícia Civil, ele estava sendo procurado desde o crime, e acabou sendo preso na noite de segunda-feira (18), por equipes da Delegacia Territorial de Campo Formoso.
Ainda segundo a polícia, foi lavrado o auto de prisão em flagrante por homicídio qualificado, e o homem ficará à disposição da justiça.
O crime
Segundo informações da 54ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), os militares foram acionados para atender a denúncia de um homem que foi apedrejado, mas a guarnição já o encontrou sem vida. A área foi isolada e o Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) foi acionado para realizar as medidas legais.
Apesar de amigos de Lucas Felipe acreditarem que ele foi vítima de homofobia, o major ngelo, comandante da 54ª CIPM, informou que a polícia ainda não possui nenhuma prova que possa ligar o ocorrido à orientação sexual do rapaz. “A gente sabe que ele era homossexual e que não tinha envolvimento com droga, pelo que investigamos ele não era usuário, por isso supõe-se que tenha sido homofobia”, explicou.
Segundo o major, Lucas Felipe foi encontrado no estacionamento do Clube Juá com marcas de um objeto contundente (qualquer objeto sólido usado como arma) na cabeça. A prefeitura de Campo Formoso publicou uma nota de pesar: “O prefeito Elmo Nascimento manifesta sentimento de pesar pela partida precoce de Lucas Felipe Viana de Santana. Lucas era funcionário público municipal. Que Deus possa confortar todos os familiares e amigos”.
“A gente acredita que tenha sido homofobia, não tem nada que comprove até o momento, mas Lucas era muito tranquilo, trabalhava na prefeitura e não tinha nenhum envolvimento com droga, então não tem outra razão para isso ter acontecido”, disse um amigo da vítima, que preferiu não se identificar. “Ele era muito alegre, muito divertido. Estamos horrorizados com essa violência”, completou.