Em uma live no canal “Operação Policial”, do YouTube, a jornalista Carla Albuquerque, que chegou a trabalhar na produção da novela De Corpo e Alma, recordou que a decisão da Globo de continuar produzindo a história mesmo após o assassinato de Daniella Perez por Guilherme de Pádua, em 1992, revoltou alguns atores.
Um deles foi o ator Tarcísio Meira, que vivia o protagonista do enredo.
“Aquilo [a decisão do canal] me chocou muito, porque toda uma equipe ficou devastada. É no mínimo estarrecedor. A novela se chamava ‘De Corpo e Alma’, mas a alma foi embora. Éramos só o corpo, um bando de zumbis”, detalhou Carla.
“Nunca vou esquecer, teve um evento com o próprio Tarcísio Meira, ele [estava] muito irritado… Ele era um ator muito interessante, correto, nunca reclamava, estava sempre focado… Um dia, ele não se aguenta e fala: ‘não entendo por que ainda estamos aqui gravando essa novela'”, relatou ela.
“E quando vem do Tarcísio Meira, um ator mais velho, te faz acordar [para o absurdo da situação]: ‘o que estamos fazendo aqui?’ Mas nós [funcionários] não tínhamos escolha e tínhamos que continuar”, concluiu Carla.
Em “De Corpo e Alma”, o ator interpretava o juiz Diogo Santos Varela, que vivia uma paixão proibida pela jovem Paloma (Cristiana Oliveira) após ela receber o transplante do coração do grande amor da vida dele, Betina (Bruna Lombardi).