A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), conversou com jornalistas na chegada em Brasília nesta segunda-feira, 8, e comentou sobre a indicação de Gabriel Galípolo – atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda – para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central (BC). De acordo com a emedebista, a possível ida do economista para o Bacen – o nome de Galípolo ainda passará por sabatina no Senado Federal -, representará a “voz do governo” na alta cúpula do BC. “Vai contribuir muito primeiro para pacificar essa pauta, que já deu o que tinha que dar em matéria de politização. Ele é uma pessoa preparada que vai ser a voz do governo federal, a voz também do Brasil dentro do Banco Central”, disse a política. Ao ser questionada sobre a indicação realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tebet afirma se tratar de um profissional experiente, que pode ocupar “qualquer cargo” e que trata-se de um quadro com “capacidade”, “experiência” e bom relacionamento com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – nome rejeitado e duramente criticado por quadros importantes do governo federal, inclusive do presidente Lula. O nome de Galípolo precisará ser aprovado numa sabatina no Senado Federal, mas o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reagiu de maneira positiva à indicação do “número dois” no Ministério da Fazenda. Ao sair da reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o político disse que o nome “agrada ao Senado Federal”.