O ex-ministro da Justiça Anderson Torres disse em depoimento à Polícia Federal (PF), na segunda-feira, 8, que não solicitou “ação contundente” da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Nordeste, no segundo turno das eleições presidenciais em 2022. Torres está preso desde o dia 14 janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A oitiva questionou Torres supostas blitze em Estados e cidades do Nordeste na etapa final do pleito. Durante a oitiva, Torres disse que a ação foi praticamente a mesma do primeiro turno, não tendo havido qualquer direcionamento, ao ser questionado o motivo da ação da corporação ter sido mais enfática em localidades onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve mais votos. O ex-ministro disse ainda que também não houve a determinação para que a PRF agisse de tal forma em qualquer Estado. Segundo ele, o objetivo das operações era coibir crimes eleitorais, independente do partido que os cometesse. Ele negou ter buscado apoio da PF para realizar as blitzes em rodovias do Nordeste no dia do pleito. Conforme publicado pela Jovem Pan, o ex-ministro negou interferência nas ações da PRF e disse que sua viagem à Bahia foi a pedido do diretor-geral da Polícia Federal, que teria convidado o ex-ministro do governo Bolsonaro a visitar a obra da Superintendência da PF no Estado. Ele também declarou que não solicitou que a PRF e a PF agissem de maneira conjunta. Ele explicou que sugeriu que a PRF atuasse em regiões nas quais a PF não conseguiria atender.