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Torres diz que não teve ‘nada a ver’ com atos de 8 de janeiro e vê prisão como ‘tiro de canhão no peito’

Em audiência de custódia, o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que não teve “nada a ver” com os atos ocorridos de 8 de janeiro, em Brasília, e reconheceu que o mandado de prisão autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi uma grande surpresa. “No segundo dia de férias acontece esse crime horrendo em Brasília e esse atentado contra o país e eu fui responsabilizado por isso”, inicia o ex-secretário, que foi exonerado do cargo enquanto ainda estava nos Estados Unidos, em viagem com a família. Torres afirma que o “crime horrendo em Brasília”, como se refere à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes foi como um “tiro de canhão” em seu peito e nega qualquer autoria, conivência ou omissão com os atos.

“Quero dizer que não tenho nada a ver com os atos, isso foi um rito de canhão no meu peito, eu estava de férias, umas férias sonhadas por mim e pela minha família, isso foi um tiro de canhão no meu peito. […] Jamais daria condições de isso ocorrer, eu sou profissional, sou técnico e jamais faria isso”, afirma o ex-ministro. Anderson Torres alega ainda que saiu de férias “tranquilo” porque “nem se caísse uma bomba em Brasília teria ocorrido o que ocorreu” no dia da invasão. Na sequência, o ex-ministro critica a “guerra ideológica” que se criou no país e a “confusão entre os Poderes” e pondera: “Essa conta eu não devo”. “Jamais questionei o resultado da eleição, não tem uma manifestação minha nesse sentido, eu fui o primeiro ministro a entregar os relatórios [da transição de governo”], continua Anderson Torres em outra parte da ausência de custódia, onde faz inúmeros desabafos: ‘Até 15 dias atrás eu era ministro da Justiça, hoje estou preso”.

Como a Jovem Pan mostrou, Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro. Ele é investigado por suspeita de leniência nos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília. A prisão dele foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes em 10 de janeiro. Na visão do magistrado, houve descaso e conivência do ex-secretário e o episódio de vandalismo aconteceu “mediante participação ou omissão dolosa”. Na semana passada, o ex-secretário executivo da Segurança do Distrito Federal, considerado o número 2 da pasta, afirmou em depoimento à Polícia Federal que Torres não deveria estar de férias nos Estados Unidos em 8 de janeiro, dia da invasão aos prédios públicos. Fernando de Sousa Oliveira alega que o ex-titular da pasta não deixou nenhuma diretriz específica referente as manifestações marcadas para os dias 6,7 e 8.

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