Priscila Machado e Marcel Mira se consideravam um casal conservador. Os dois eram evangélicos, com filhos e uma casamento de quase 15 anos. Mas tudo mudou quando eles se apaixonaram por Regiane Gabarra. Os três eram amigos e acabaram se envolvendo algumas vezes até descobrirem uma paixão de três vias.
Ao G1, eles contam que a união que já dura três anos e meio está prestes a abrir espaço para mais um: o trio espera um bebê que deve nascer até o fim de abril.
Empolgados com a gravidez, o trisal de Bragança Paulista (SP) se prepara entrar na Justiça para ter o direito de registrar a criança no nome dos três.
A gravidez surgiu da decisão de tornar realidade o sonho de Regiane de ser mãe. Para isso, Priscila e Marcel se divorciaram e ele fez uma inseminação artificial – já que havia feito vasectomia.
(Reprodução/Instagram)
O trisal, junto aos três filho de Priscila e Marcel (Reprodução/Instagram)
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O trisal, junto aos três filho de Priscila e Marcel (Reprodução/Instagram)
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Com a gestação se aproximando do fim, os três se preparam para o desafio de registrar o pequeno Pierre com o nome do pai e das duas mães.
A lei brasileira não reconhece o relacionamento a três, o que impossibilita de registrar a criança com duas mães. Mas para conseguir o que desejam, eles vão acionar a Justiça pedindo o reconhecimento de responsabilidade socioafetiva, que faria com que Priscila também fosse considerada como responsável pela criança.
Ainda segundo à reportagem, o processo é geralmente feito quando a criança atinge os 12 anos, quando a família prova o envolvimento da pessoa que faz o pedido e a criança aceita a responsabilidade afetiva perante a justiça. No caso de Pierre, eles teriam que pedir que a justiça antecipasse o reconhecimento.
“A gente quer garantir que nosso filho tenha os pais que ele de fato tem, não queremos ofender ninguém”, diz Regiane.
Família fora do padrão
O trisal tem o perfil nas redes sociais, onde compartilha a rotina e fala sobre o poliamor. O perfil @trisalamoraocubo tem mais de 37 mil seguidores.
“Somos uma família, fora do padrão, mas cercada de respeito. O que a gente faz é se permitir ser livre para amar, não queremos forçar pessoas a decidirem por isso. As pessoas às vezes são duras”, conta Regiane.
Os três moram juntos e não tiveram problemas com os filhos de Priscila e Marcel para aceitarem a nova mãe. Eles contam que dormem na mesma cama e que definiram algumas regras, como as duas só podem ter relações com Marcel quando estão juntas.