O governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) comentou sobre a operação da Polícia Federal que cumpriu, na tarde desta sexta-feira, 20, mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele e ao ex-secretário executivo de Segurança Pública do Distrito Federal Fernando de Souza Oliveira. Confiante, ele diz que provará inocência.
“A operação realizada em minha casa, no meu gabinete e até no escritório do qual estou licenciado há mais de 4 anos vai mostrar minha completa inocência em relação aos lamentáveis fatos do último dia 8 de janeiro”, escreveu o político nas redes sociais
Ao todo, cinco endereços foram vasculhados pelos investigadores, entre residências e locais de trabalho, incluindo o Palácio do Buriti e a Secretaria de Segurança Pública do DF.
As diligências foram requeridas pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Segundo a PGR, a ofensiva visa ‘buscar provas’ para abastecer a investigação sobre supostos atos ‘omissivos e comissivos’ de autoridades da Segurança Pública do Distrito Federal ante os atos golpistas do dia 8, quando radicais invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes.
Tanto o governador afastado como o ex-número dois da Segurança Pública do DF já prestaram depoimentos à Polícia Federal. Como mostrou o Estadão, Ibaneis negou conivência com as manifestações antidemocráticas e afirmou que ‘sabotagem’ de plano de ação das forças de segurança para barrar marcha golpista registrada no dia 8.
Oliveira, por sua vez, avaliou que a Polícia Militar do DF, responsável pela segurança e patrulhamento da Esplanada dos Ministérios no dia 8, ‘errou’ na execução do plano operacional. O ex-secretário executivo de Segurança Pública do Distrito Federal também afirmou que o ex-titular da pasta, Anderson Torres, só sairia de férias no dia seguinte aos atos extremistas do dia 8.
