Um relato emocionante, mas também com sede de Justiça. Mariana Cardim de Lima, mãe de João Gabriel, que foi atropelado e morto pelo modelo Bruno Krupp, desabafou durante uma conversa ao Fantástico, na noite deste domingo (7).
A mãe do adolescente contou que viu toda a cena, desde o atropelamento, até a morte do seu filho, de 16 anos, no hospital. O acidente ocorreu em uma avenida a beira mar, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
“Antes da gente atravessar, a gente olhou, e estava muito distante mesmo os carros e não tinha nenhuma projeção de nada perto da gente, mas em segundos ele, a moto estava em cima dele, e aí eu já perdi a noção do que que eu estava vendo. Eu vi a perna dele voando, eu vi o meu filho estendido no chão, me pedindo socorro. Eu comecei a gritar e pedir ajuda a todo mundo”.
(Foto: Reprodução / Fantástico – Rede Globo) |
Nas imagens, depois do acidente, uma mulher se desloca ao local em que João Gabriel foi deixado. Era a médica mineira Priscila Rocha, que conseguiu fazer os primeiros socorros.
“Iniciei as massagens cardíacas. Em pouco tempo, ele abriu os olhos e comentou que estava doendo um pouco o tórax. E aí eu perguntei o nome dele, vi que ele estava consciente. Tentei acalmá-lo, acalmar a mãe também”, disse a profissional.
Mariana, mãe de João, relembrou que sua única força para viver era poder ter o filho em vida. “Era a pessoa mais importante, pela qual acordava, eu ia dormir”, lamentou.
Outras acusações
Além do acidente de João Gabriel, a polícia descobriu que Bruno também é investigado por estelionato e violência sexual. Uma mulher, em julho deste ano, registrou um boletim de ocorrência contra o suspeito. Além disso, há seis anos atrás, uma outra mulher também passou pela mesma situação, mas ficou com medo e vergonha de denunciar.
Com o caso sendo repercutido nas redes sociais, ela decidiu prestar um boletim de ocorrência contra o modelo. Com essa revelação, mais de 40 mulheres revelaram que sofreram abusos e estupros de Bruno Krupp, inclusive, uma vítima chegou a fotografar marcas de violências que ele deixou em seu corpo.
Bruno foi levado no sábado (6) para a unidade de pronto-atendimento do Complexo de Gericinó, em Bangu.