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Vigilante baleado durante roubo de caminhão com skunk segue na UTI

Baleado durante uma troca de tiros com traficantes em Taguatinga, o vigilante Paulo Neres, de 41 anos, segue internado no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Segundo o Sindicato dos Vigilantes, o quadro do profissional de segurança é estável.

Paulo fazia a escolta armada de um caminhão que levava escondido 400 kg de skunk (um tipo de supermaconha) em meio a uma carga de eletrônicos. Armados com fuzis, os traficantes mataram o colega de Paulo, Ronivon Lima Grolo, no local.

Por causa o confronto, Paulo perdeu parte do rim e do intestino. De acordo com o sindicato, o vigilante está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). O quadro de saúde do paciente não apresentou evolução ou complicação e ele segue recebendo tratamento.

Drogas escondidas

No caminhão, foram encontrados 400 kg de skunk, conhecida como supermaconha. A tragédia foi causada após o motorista do caminhão enganar tanto os traficantes quanto a empresa para a qual fazia transporte de eletrônicos com destino a Serra (ES).

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve a prisão dos quatro suspeitos pelo crime. O grupo foi preso em flagrante após o tiroteio próximo a um posto de gasolina na BR-070, na altura de Taguatinga. Para a Justiça, o grupo agiu com “especial periculosidade e ousadia ímpar”; por isso, deve continuar atrás grades nesta etapa do processo.

Nessa quarta-feira (11/12), o juiz de direito substituto do Núcleo de Audiências de Custódia (NAC) converteu em preventiva a prisão em flagrante do motorista da carreta Cleomar Marcos da Silva, 41 anos, e dos traficantes Sidney Cardoso Passos, 37, Francisco de Assis Bispo de Jesus, 40, e José Eraldo Dutra Bezerra, 36.

O quarteto foi preso pelo crime de latrocínio – roubo seguido de morte. Cleomar ainda deverá responder pelo crime de tráfico interestadual de drogas, pois conduzia o caminhão que transportava a droga, segundo o TJDFT.

Suspeitas

Segundo apuração da Coluna Na Mira, As primeiras justificativas e reações do caminhoneiro Cleomar foram o que rapidamente levantaram suspeitas dos policiais que chegaram ao local do crime.

Entrevistado preliminarmente pelos policiais civis, o motorista apresentava fala desconexa, o que chamou a atenção dos investigadores. Perguntado a respeito do celular, Cleomar afirmou que o telefone “pegou fogo sozinho, fruto de uma possível combustão espontânea”.

Logo depois, o caminhoneiro mostrou o celular ao lado do caminhão, no chão, totalmente queimado, o que também gerou desconfiança da PCDF. Junto ao aparelho queimado, também se encontrava um pedaço de papel alumínio, que costuma ser utilizado por criminosos para envolver celulares, supostamente para impedir seu rastreio.

Trama

O motorista inventou uma trama para enganar traficantes e a transportadora que o havia contratado. A mentira culminou em uma tragédia nessa terça-feira (10/12): um tiroteio num posto de gasolina que deixou um vigilante morto e outro gravemente ferido.

Cleomar é casado e morador de Cocalzinho de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Nas redes sociais, o motorista é discreto e posta poucas fotos. O crime foi inicialmente investigado como uma uma tentativa de assalto, após traficantes entrarem em confronto com os vigilantes armados em Taguatinga, mas as apurações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desvendaram os desdobramentos da ação.

Cleomar saiu de Manaus (AM) com destino a Serra (ES) levando eletrônicos a serviço de uma transportadora. Ele acabou sendo aliciado por traficantes para esconder, em meio à carga, a grande quantidade de droga. A empresa não tem qualquer participação no esquema.

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Cerca de 400 kg de skunk estavam escondidos na carga

Um dos vigilantes não resistiu e morreu no local do crime
Vigilantes foram atingidos por tiros disparados pelos criminosos
Tentativa de assalto aconteceu na madrugada desta terça-feira (10/12)
Carga de Skunk estava dentro de caminhão
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Vigilante Ronivon foi assassinado por criminosos

Reprodução/Redes sociais

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Cerca de 400 kg de skunk estavam escondidos na carga

Material cedido ao Metrópoles

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Um dos vigilantes não resistiu e morreu no local do crime

Material cedido ao Metrópoles

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Vigilantes foram atingidos por tiros disparados pelos criminosos

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Tentativa de assalto aconteceu na madrugada desta terça-feira (10/12)

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Carga de Skunk estava dentro de caminhão

Material cedido ao Metrópoles

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Cleomar é apontado como suspeito por transporte de drogas

Redes sociais

O motorista confessou ser dependente químico e que fez uso de cocaína durante o trajeto. Após cheirar uma quantidade excessiva de pó, ele passou mal e buscou atendimento em um hospital do Tocantins. Depois de ser medicado e se recuperar dos efeitos da droga, seguiu viagem com o caminhão.

Para disfarçar que havia consumido o entorpecente e o atraso no percurso, Cleomar comunicou à empresa que tinha sofrido uma tentativa de assalto.

A fim de proteger os eletrônicos, então, a transportadora enviou dois vigilantes para fazer a escolta do veículo no trajeto restante. Por sua vez, os traficantes não conseguiram mais entrar em contato com Cleomar e ficaram preocupados em perder o carregamento de supermaconha.

Um deles, na tentativa de intimidar Cleomar, chegou a enviar um áudio ameaçador, dizendo que portava um fuzil. Sem receber qualquer resposta do motorista, os traficantes decidiram pegar a estrada e seguir em direção ao caminhão. Foi nesse momento, já no território do Distrito Federal, que bandidos e vigilantes se encontraram e iniciaram uma troca de tiros que resultou na morte de Ronivon Lima Grolo, um dos vigilantes da escolta.

O tiroteio ocorreu na BR-070, na altura da QNM 40. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada e encontrou Ronivon já sem vida. O outro vigilante, identificado como Paulo Neres, foi levado em estado grave para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Ele perdeu um pedaço do rim e do intestino.

No local do crime, os policiais militares encontraram marcas de pneu do carro de escolta e diversas cápsulas de fuzil. A PMDF também apreendeu quatro armas de fogo dentro do veículo dos vigilantes – uma pistola .40, dois revólveres calibre .38 e uma espingarda .12.

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