Na manhã desta terça-feira (19) de novembro, um desfecho trágico e revoltante para a itamarajuense a família de Marcela Ramos da Costa (36 anos). Internada desde o feriado do dia 15, Marcela não resistiu aos ferimentos após ser baleada duas vezes nas costas enquanto trabalhava como atendente em uma padaria no bairro Hélio Ferraz, em Serra, Espírito Santo.
O autor do crime?
Seu próprio cunhado, Paulo dos Santos Pereira (42 anos), que, segundo as investigações, agiu movido por um desejo de vingança cruel.
O ataque ocorreu por volta das 6h30, quando Paulo entrou no estabelecimento, sacou a arma e disparou contra Marcela. Numa tentativa desesperada de salvar a própria vida, ela correu para os fundos do local, mas foi atingida antes de conseguir se proteger.
Detido no mesmo dia, Paulo confessou o crime, e as apurações revelaram que ele acreditava que Marcela estaria ajudando a esconder sua própria irmã, esposa do assassino, que havia fugido após anos de agressões no casamento.
Amigos e familiares relatam que Paulo é uma pessoa instável e violenta. O relacionamento conturbado com a esposa, marcado por ameaças e agressões, culminou na decisão dela de escapar. Convencido de que Marcela teria papel no desaparecimento da mulher, Paulo escolheu a violência como retaliação, transformando um ambiente de trabalho em cena de um crime brutal.
Inicialmente tratado como latrocínio, o caso logo revelou camadas sombrias de uma disputa familiar carregada de medo e desespero. A morte de Marcela expõe a tragédia de relações tóxicas e a face de um ódio que destrói vidas, deixando a pergunta: até quando vítimas inocentes terão que pagar com a própria vida?