O volume de vendas do comércio varejista no país recuou 0,8% em julho, na comparação com junho, chegando ao terceiro mês consecutivo de queda. Com relação a julho do ano passado, a redução é de 5,2%. No acumulado de 2022, o varejo ainda registra variação positiva, mas de apenas 0,4%. Já nos últimos 12 meses, a soma é negativa em 1,8%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quarta-feira, pelo IBGE. A redução reflete o comportamento de nove das 10 atividades pesquisadas. Apenas a venda de combustíveis e lubrificantes teve alta, de 12,2%.
Já as maiores quedas foram observadas nos segmentos de tecidos, vestuário e calçados, com queda de 17,1% e de móveis e eletrodomésticos, que teve desempenho negativo em 3,0%.
Ainda de acordo com o IBGE, o resultado comprova a trajetória irregular que o setor vem tendo desde o período mais grave da pandemia, e coloca o comércio praticamente no mesmo patamar de fevereiro de 2020. Nesta comparação, aparecem desigualdades significativas entre as diversas atividades. Enquanto os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentam alta de 20,7% e os combustíveis e lubrificantes têm aumento de 11,3%, a venda de livros, jornais, revistas e papelaria foi 37,2% menor e a de tecidos, vestuário e calçados teve queda de 25,6%.
O IBGE identificou que as vendas no varejo, caíram em 20 das 17 unidades da federação, na passagem de junho para julho. Os destaques negativos foram a Bahia e o Rio de Janeiro, com reduções de 3,1%. Na outra ponta, o setor registrou aumento de 3,5% no Mato Grosso e de 1,7% no Paraná.
Economia Rio de Janeiro 14/09/2022 – 12:54 Leila Santos/Edgard Matsuki Tâmara Freire – Repórter da Rádio Nacional IBGE comércio quarta-feira, 14 Setembro, 2022 – 12:54 2:07