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2 de julho: governador celebra com Lula e fala em ‘reescrita’ da história

As comemorações do bicentenário da Independência da Bahia começaram por volta das 8h10 deste domingo (2) para o governador Jerônimo Rodrigues (PT), horário em que chegou no Largo da Lapinha e se posicionou em frente ao Pavilhão da Independência para participar da cerimônia que antecedeu o cortejo cívico do 2 de Julho. Mais tarde, em torno das 9h15, o governador saiu em carro aberto e desfilou ao lado do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva. O governador esteve acompanhado do secretário de Cultura, Bruno Monteiro, que assistiram com ele o hasteamento das bandeiras da Bahia e do Brasil, além das homenagens às grandes figuras do 2 de Julho. Na ocasião, o governador afirmou que os festejos da data simbólica para os baianos, neste ano, fazem parte de uma agenda que objetiva reescrever a história do Brasil. “É uma alegria ver a Bahia fazendo uma demarcação do espaço de pessoas que não estão nos nossos livros. E nós resgatamos, passamos a perceber essas pessoas mesmo perante uma história que não é contada. A história sempre foi contada por nós na lógica do colonizador. Temos que reescrever essa história. Nós não somos telespectadores da Independência”, destacou. Titular da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), Bruno Monteiro também reconheceu o bicentenário 2 de julho como uma oportunidade de resgate da história, mas também de construção de um legado. “Nós temos essa oportunidade do resgate, mas não só isso. Estamos trabalhando muito no legado que vamos deixar para a população, especialmente por meio da educação e da cultura, porque nós sabemos que essas áreas têm o poder de transformação das consciências para que a população conheça a verdadeira história e passe a se empoderar dela”, pontuou. Também presente na cerimônia antes do desfile, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD) valorizou a Independência da Bahia como a verdadeira Independência do Brasil. “Os livros da História ensinam como data principal da Independência do Brasil o 7 de setembro, mas a real liberdade do povo brasileiro se deu pela luta corajosa e destemida de todo povo baiano. Então, no dia 2 de Julho de 1823 é que foi a independência do nosso Brasil”, concluiu. Já no cortejo cívico, Jerônimo foi recebido pelo povo nas ruas sob um misto de vaias e aplausos. Nas proximidades da Praça da Soledade, ele recebeu o presidente Lula e a primeira-dama Janja em seu carro aberto. A frente do veículo, a ministra da Cultura Margareth Menezes e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também desfilaram por aproximadamente uma hora. Ao CORREIO, Margareth Menezes ressaltou a importância da tomada de conhecimento a respeito do 2 de Julho, sobretudo entre os jovens. “É importante que a nova geração procure conhecer a história. É uma história com muita participação popular e o 2 de Julho foi uma revolta que deu a definição da Independência do Brasil. Essa história precisa ser conhecida para sabermos o nosso valor”, disse. Acompanhando o cortejo a pé, a diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Piti Canella fez questão de enfatizar o sentimento de participar do 2 de Julho como titular da pasta. “Como diretora geral da Funceb, é uma honra para mim estar nesse lugar celebrando o bicentenário do 2 de Julho. Foi forte ali quando puxou o Hino e levantou as bandeiras. Estamos muito felizes”, frisou. Cercado de apoiadores à medida que o caminho rumo ao Pelourinho era percorrido, Jerônimo e Lula acenaram para o público nas ruas e posaram para fotos, evitando discursos. O presidente da República chegou a receber um apoiador no carro aberto, bem como uma criança de colo. Por volta das 10h30, Lula deixou o cortejo cívico. A caminhada que ocorria dentro da normalidade pelas ruas históricas e simbólicas da Independência da Bahia só foi alterada para o governador no início da Ladeira do Boqueirão, quando uma chuva torrencial caiu durante seu trajeto do acesso ao Santo Antônio Além do Carmo. Debaixo do toró, Jerônimo encerrou sua presença no cortejo cívico nas imediações do Largo Terreiro de Jesus, no Pelourinho, por volta de 12h15. A embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al Qaq, marcou presença na cerimônia de homenagem aos líderes que contribuíram com a luta pela Independência da Bahia. Com o intuito de fortalecer os laços entre os dois territórios – Reino Unido e Bahia –, ela relembrou os feitos do comandante britânico Thomas Cochrane, que foi decisivo para o sucesso dessa luta ao ser contratado por Dom Pedro I para organizar e comandar a marinha brasileira. “Ele se tornou o primeiro Almirante da Armada Nacional Brasileira e conduziu suas embarcações para lutar contra os portugueses na baía de todos os santos. Mas não foi apenas ele. Dos seus sete navios, dois tinham tripulação principalmente britânica. Ou seja, o povo britânico esteve junto aos baianos na luta por sua liberdade. Foi aí que começou uma amizade de 200 anos que dura até hoje, e é por isso que estou aqui”, afirma a embaixadora. Stephanie Al Qaq ainda celebrou o fato de ser a primeira embaixadora a participar oficialmente das comemorações. “É uma honra para mim estar aqui. Adoro a Bahia. Temos uma parceria sólida e não poderia faltar. Soube hoje que fui a primeira embaixadora a participar oficialmente das comemorações. Me emocionei com o hasteamento da bandeira. Andar da Lapinha até o Barbalho foi uma experiência única”, declarou. *Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro

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