InícioEditorialPolítica NacionalAla do União Brasil vai pedir impugnação da filiação de Moro

Ala do União Brasil vai pedir impugnação da filiação de Moro

Uma ala do União Brasil formada por membros do antigo Democratas (DEM) vai pedir a impugnação da filiação de Sergio Moro. A informação foi confirmada à Jovem Pan pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado. A medida é uma reação à declaração do ex-juiz de que “não desistiu de nada”. Dirigentes ligados ao PSL trabalham por uma candidatura de Moro à Presidência da República. No entanto, o grupo liderado pelo secretário-geral da sigla ACM Neto, ex-presidente nacional do DEM, não concorda. O deputado federal Alexandre Leite, tesoureiro do União Brasil em São Paulo, afirmou que a filiação do ex-ministro da Justiça ao partido se deu com a concordância de um projeto pelo Estado de São Paulo. “Isto é, deputado estadual, deputado federal ou, eventualmente, Senado. Em caso de insistência em um projeto nacional, o partido vai impugnar a ficha de filiação”, disse em nota divulgada na noite desta sexta-feira, 1º.

Na tarde de quinta-feira, 31, caciques do União divulgaram uma nota à imprensa na qual afirmavam que Moro brigaria por uma vaga no Legislativo em São Paulo. O vice-presidente do partido em São Paulo, deputado Junior Bozella, chegou a dizer que o ex-juiz da Lava Jato se colocou como um “soldado à disposição” da agremiação. Mais tarde, políticos ligados a ACM Neto emitiram um comunicado em que disseram não admitir que o novo filiado seja candidato à Presidência da República. A nota foi assinada pelo deputado federal Efraim Filho (PB), 1º secretário do partido, José Agripino Maia (vice-presidente), pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pela deputada federal professora Dorinha, pelo ex-ministro da Educação Mendonça Filho, pelo senador Davi Alcolumbre e pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis.

A resistência a Moro no União Brasil não é novidade. Como a Jovem Pan mostrou ainda em janeiro, quando Bozzella e aliados trabalhavam para tirar o ex-juiz do Podemos, o grupo de ACM Neto reagiu e mandou recados claros aos correligionários. Estes caciques se apoiavam nos altos índices de rejeição de Moro apontados pelas pesquisas de intenção de voto para defender que a associação com sua candidatura traria prejuízos nas urnas – Neto e Caiado, por exemplo, concorrerão, respectivamente, aos governos da Bahia e Goiás. No caso baiano, há outro componente: em um Estado eminentemente lulista, estar ao lado da figura responsável por condenar e mandar prender o ex-presidente Lula era visto como um suicídio político. Em Goiás, o raciocínio ia na direção oposta. Caiado divide parte de seu eleitorado com o presidente Jair Bolsonaro, de quem Moro se tornou um desafeto.

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