Recém-filiado ao PSB, em uma movimentação que encaminhou o acerto para a composição da chapa ao lado do ex-presidente Lula (PT) nas eleições presidenciais de outubro, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin passará por um período de intensa movimentação nos bastidores. Auxiliares e interlocutores do agora socialista ouvidos pela Jovem Pan afirmam que Alckmin vai dedicar seus esforços, nas próximas semanas, a reuniões de articulações, preparação de propostas para o país “e todo aquele arcabouço para poder enfrentar a tarefa de resgatar o Brasil”.
Na quarta-feira, 23, Alckmin se filiou ao PSB, em um evento em Brasília. Em seu discurso, o ex-tucano afirmou que Lula, seu antigo adversário político, “representa a própria democracia” e é a figura política “que melhor reflete e interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro”. O ex-presidente não compareceu à cerimônia, mas foi representado pela presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR). O ex-governador paulista também disse que é preciso “ter coragem para fazer política, a mais difícil das atividades humanas”. “A política é a arte do bem comum. A mais difícil das atividades das atividades humanas, e no mundo inteiro. E exige coragem. Chesterton [jornalista e dramaturgo] dizia que a coragem é a primeira das virtudes, porque sem ela, diante do perigo, todas as demais desaparecem”, seguiu. Em uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro, Alckmin disse que a mentira “é o que há de pior para o regime democrático”.