Rio de Janeiro – A ação da Polícia Militar (PM) junto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Vila Cruzeiro, na Penha, Zona Norte do Rio, deixou uma moradora e doze suspeitos mortos, além de cinco baleados, nesta terça-feira (24/5). Segundo os agentes, a mulher estava dentro de casa quando acabou atingida por bala perdida.
Gabriele Ferreira da Cunha, 41, era moradora da Chatuba, comunidade vizinha da Vila Cruzeiro. Segundo a corporação, o disparo partiu dos criminosos.
Os policiais teriam começado uma operação emergencial quando receberam a informação de que um grupo de 50 bandidos do Comando Vermelho iria se deslocar para fortalecer a criminalidade na Rocinha.
“A intenção era que essa operação fosse feita fora da comunidade. O grupo estaria indo para outra região, da Rocinha. De forma emergencial, tivemos que iniciar a operação com autorização do Ministério Público. O objetivo era fazer a prisão desses homens em flagrante”, disse o tenente coronel do Bope, Uirá do Nascimento Ferreira, durante coletiva de imprensa nesta terça (24/5).
operação policial – Rio de Janeiro
Daniele Dutra/Metrópoles
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Os agentes chegaram à comunidade por volta das 3h30 desta madrugada, para inibir a fuga. Assim que os suspeitos perceberam a chegada da polícia, começou uma intensa troca de tiros.
Durante o confronto, Gabriele foi atingida na comunidade vizinha dentro de casa e socorrida por moradores, mas veio a óbito logo no início da manhã.
Dentre os falecidos, está também um homem conhecido como “Pezão do Pará”, um dos traficantes do Norte do estado.
O objetivo da ação é capturar criminosos do Comando Vermelho que atuam nas comunidades do Rio. Muitos deles vieram de Alagoas, Pará, Amazonas, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
“A tendência do esconderijo deles é fruto dessa decisão do STF, que limitou a ação das forças policias”, disse o coronel da PM Luiz Henrique Pires.
Na ação, um helicóptero blindado do Bope sofreu três disparos de integrantes da facção. Os policiais conseguiram apreender 10 carros, 20 motos, 13 fuzis e 12 granadas.
Cerca de 80 profissionais participaram da iniciativa, que continua durante a tarde na comunidade da Vila Cruzeiro.
Um policial civil, papiloscopista, foi levado ao Hospital Getúlio Vargas após acabar ferido por estilhaços. O agente realizava a perícia na casa da moradora que foi morta.
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