Uma situação inusitada aconteceu no Campeonato Egípcio. Dois jogadores do Zamalek foram substituídos às pressas, pouco antes da bola rolar no jogo contra o El-Dakhelya, na última quinta-feira (5). A ordem foi dada pelo polêmico presidente do clube, Mortada Mansour, que alegou que a dupla estava sob efeito de maconha.
“Ahmed Fetouh e Abdallah Gomaa entraram em campo sob a influência de maconha. Desrespeitaram o clube. Quando souberam que havia testes de drogas antes do jogo, decidiram não jogar. Disse-lhes que, quando o resultados fossem conhecidos, eles iriam embora”, disse o dirigente, à TV do clube.
O Zamalek é atualmente treinado pelo português Jesualdo Ferreira, ex-técnico do Santos. O comandante precisou alterar a escalação minutos antes do duelo, por causa do veto à dupla. Lateral-esquerdo, Fatouh seria um dos titulares, enquanto Gomaa, que é meio-campista, começaria no banco.
Sem os dois jogadores, o Zamalek empatou em 1×1 com o El-Dakhelya, conseguindo evitar a derrota em casa graças a um gol aos 45 minutos do segundo tempo, feito por Mohamed Ghani. Com 12 rodadas disputadas, o time dirigido por Ferreira é o segundo colocado do Egípcio, com 25 pontos, cinco atrás do Al-Ahly.
Após a partida, Mansour voltou a atacar. O presidente do Zamalek disse que vai retirar seu clube do Campeonato Egípcio, pelo que ele considera ‘manipulação da arbitragem’. O dirigente acusou a Federação Egípcia de Futebol de favorecer o Al-Ahly.
“Vou me reunir amanhã com o Ferreira para tentar salvar o clube. Não vamos continuar nesta Liga enquanto que a atual liderança continuar. Não vamos continuar a participar numa farsa liderada pela federação e pelo Comité de Árbitros, com o objetivo de dar o título ao nosso rival”, afirmou, segundo o jornal português Record.
Não parou por aí. Até o elenco do Zamalek entrou na mira de Mansour. O dirigente determinou suspensão do pagamento dos salários de todos os jogadores, além de uma multa de 20% nos vencimentos. Fetouh e Gomaa foram afastados e já foram colocados no mercado de transferências.