InícioNotíciasPolíticaCâmara e Senado só decidirão comando das comissões após o Carnaval

Câmara e Senado só decidirão comando das comissões após o Carnaval

Com o feriado do Carnaval suspendendo cerca de uma semana dos trabalhos no Legislativo, as lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado Federal só devem bater o martelo sobre a definição da presidência das comissões temáticas das duas Casas a partir do dia 27/2.

A última semana foi marcada por reuniões da Câmara dos Deputados entre as bancadas para costurarem acordos sobre os colegiados. No entanto, mesmo com a mediação de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, não houve acordo entre os partidos.

No Senado, por outro lado, os líderes ainda não tiveram uma reunião ofical com o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Disputa na CâmaraA corrida pelas principais comissões da Câmara dos Deputados envolve disputa entre parlamentares do Partido dos Trabalhadores e do Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Siglas com as duas maiores bancadas da Casa, PT e PL brigam por colegiados considerados chave para a governabilidade de Lula.

Há disputas em torno da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A CFFC é responsável por propor ações de investigação contra ministérios e por convocar ministros para prestarem esclarecimentos. O colegiado também acompanha as contas do governo federal. Enquanto isso, a CCJ decide sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade das propostas apresentadas pelos parlamentares ou enviadas pela administração federal.

Na última terça-feira (14/2), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou reunião de líderes para bater o martelo sobre o comando dos 30 colegiados permanentes. O encontro, no entanto, terminou sem definições. A expectativa é de que, até o fim desta semana, Lira articule com parlamentares uma decisão. Lira pretende instalar as comissões logo após o Carnaval.

foto-arthur-lira-camara-deputados

Arthur Lira, presidente da Câmara dos DeputadosIgo Estrela/Metrópoles

foto-9-votacao-segundo-turno-pec-transicao-arthur-lira-camara-dos-deputados-brasilia-21122022

Deputados federais durante sessãoHugo Barreto/Metrópoles

Tradicionalmente, as comissões são distribuídas conforme a proporcionalidade partidária. Ou seja, as bancadas com mais deputados têm prioridade na escolha dos colegiados. Hoje, o PL leva vantagem sobre o PT. A legenda de Bolsonaro conta com 99 parlamentares, contra 81 da federação formada por PT/PCdoB/PV.

O PL já ganhou uma disputa e deve ficar com a Comissão Mista de Orçamento. A CMO é responsável, dentre outras atribuições, por dar pareceres e votar matérias do ciclo orçamentário, que é composto por: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), bem como analisar projetos de créditos adicionais propostos pelo Poder Executivo.

O único consenso formado até agora é sobre a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ficará com os petistas neste ano e com os opositores em 2024.

Os deputados do PT também querem minar a possibilidade de o PL chefiar a Comissão de Meio Ambiente. Recentemente, a ala mais bolsonarista do partido se mobilizou nos bastidores para que o ex-ministro Ricardo Salles (SP) comandasse a comissão. O assunto, porém, não evoluiu, e o nome do ex-ministro sequer foi cogitado pela sigla para o pleito. Outro colegiado em jogo é o da Agricultura, almejado pelos parlamentares do PL.

Senado sem definiçãoMesmo após a eleição da mesa diretora, as lideranças partidárias ainda negociam as distribuições e há disputas dentro dos blocos parlamentares mirando colegiados de maior destaque. Na Casa Alta, são 14 os colegiados fixos que precisarão ser decididos.

O consenso dos senadores é que Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) continue na presidência mais cobiçada, a da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O acordo foi fechado como forma de apoiar a reeleição de Pacheco à presidência do Senado.

O PSD formou um bloco com o União Brasil e o MDB para a recondução do presidente da casa.  A moeda de troca foi liberar a CCJ para indicação do União Brasil.  Além da liderança na CCJ, o União pretende estar a frente mais um colegiado: a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). O nome principal para assumir a comissão é o da senadora Soraya Thronicke.

Após ser sacramentado presidente da Casa mais uma vez, Pacheco avisou que priorizaria os partidos que apoiaram sua candidatura. Por isso, ao escolher a mesa diretora do Senado, os indicados foram do MDB, PT, União Brasil, PDT, PSB e Podemos foram eleitos. Para tentar negociar com o presidente, o Partido Liberal escalou o senador Eduardo Gomes (PL-TO) para conversar com Pacheco.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Adex, Sebrae, APES e UPB realizam encontro de gestores e lideranças pelo desenvolvimento no Extremo Sul

O Sebrae foi parceiro do Encontro com Novos Gestores para o quadriênio 2025-2028, promovido...

Dinheiro no bolso: pagamento do 13º coincidirá com dia da black friday

Neste ano, um fato raro acontece: o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro...

Prima da Antibaixaria? Vereador apresenta projeto de lei para vetar contratação de artistas com músicas explícitas

Um projeto de lei proposto pelo vereador Alexandre Aleluia (PL) pode dar fim a...

Naiara Azevedo diz ter sido excluída de especial de música sertaneja

A cantora Naiara Azevedo afirmou que foi excluída do especial Amigas, que reuniu nomes...

Mais para você