Duas comissões do Senado Federal aprovaram nesta terça-feira (14/3) convites para que nove ministros do governo Lula apresentarem seus planos de governo para os próximos dois anos. Por se tratar apenas de convite e não de convocação, as autoridades não são obrigadas a comparecerem.
A comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, por exemplo, aprovou os requerimentos de autoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI) para convidar os ministros: Renan Filho, dos Transportes; Márcio França, de Portos e Aeroportos; Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento; Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional; Jader Filho, das Cidades; Daniela Carneiro, do Turismo.
Enquanto o colegiado de Educação pretende ouvir Margareth Menezes, da Cultura; Ana Moser, do Esporte; Camilo Santana, da Educação.
Segundo os documentos aprovados, a ida dos integrantes do primeiro escalão terá o objetivo de prestar informações acerca das ações do Ministério nos próximos dois anos.
“Estamos convidando os ministros das diversas áreas concernentes à nossa comissão para virem à comissão expor os planos de desenvolvimento que tem para o país para que a gente possa acompanhar a contribuir com o que está ao nosso alcance”, disse Marcelo Castro.
Campos Neto
Ainda nesta terça, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou convites para o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, falar sobre questões relacionadas à política monetária, e para ex-dirigentes da Americanas, que devem tratar do rombo bilionário que levou à maior crise da história da empresa.
Campos Neto entrou na mira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de importantes lideranças do PT, como a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann. Os petistas criticam Campos Neto pela elevada taxa básica de juros da economia, hoje em 13,75% ao ano. Segundo o PT, os juros nesse patamar esfriam a economia do país.
A comissão do Senado também aprovou convites para que ex-diretores da Americanas prestem esclarecimentos sobre a crise na varejista, que entrou em recuperação judicial e está mergulhada em dívidas de R$ 42,5 bilhões.
Foram chamados o ex-diretor das Americanas Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, que comandou a empresa por 20 anos; o ex-CEO Sergio Rial, que renunciou ao cargo em janeiro depois de apenas 10 dias na função; e os ex-diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timotheo de Barros e Marcio Cruz Merelles.
Também foram convidados pela comissão Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), e João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).