A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o vazamento no mar de substâncias radioativas da usina nuclear Angra 1, em Angra dos Reis (RJ). O acidente ocorreu em setembro do ano passado, mas só foi notificado no início deste ano.
A investigação foi aberta pela PF ainda em setembro, conforme a corporação confirmou ao Metrópoles. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Eletronuclear demorou quatro meses para admitir o ocorrido.
O acidente aconteceu no dia 16 de setembro de 2022. O Ibama diz ter recebido denúncia anônima sobre o incidente no dia 29 de setembro e que, imediatamente, comunicou o ocorrido à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
No dia seguinte, uma equipe do Ibama visitou a usina, mas o representante de Angra 1 negou que tivesse ocorrido vazamento. Segundo o instituto, em 7 de outubro, a Eletronuclear voltou a negar o ocorrido por meio de uma carta.
A Eletronuclear só reconheceu oficialmente para o Ibama a ocorrência do despejo de substâncias radioativas no mar no dia 30 de janeiro deste ano, ou seja, mais de quatro meses depois.
A Justiça federal, atendendo pedido do Ministério Público Federal (MPF), determinou que a empresa esclareça os reais danos do acidente em Angra em até 30 dias, por meio de relatório.