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Moro faz apelo por investigação da política de segurança do governo durante lançamento da CPMI do Crime Organizado

Nesta quarta-feira, 29, deputados e senadores iniciaram uma força-tarefa para coletar as assinaturas para protocolar a CPMI do Crime Organizado, uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que pretende investigar facções criminosas e a atuação do crime organizado no Brasil. Tendo em vista a onda de ataques no Estado do Rio Grande do Norte e os planos descobertos pela Polícia Federal de de homicídios e extorsão mediante sequestro de diversas autoridades públicas, incluindo o senador Sérgio Moro (União Brasil), o grupo de políticos decidiu tomar uma iniciativa no Congresso. Durante o lançamento, o ex-juiz da Lava Jato disse que é preciso investigar a política de segurança do Governo Federal: “A CPMI é importante para que nós possamos esclarecer os fatos. Para que nós possamos verificar se esse ressurgimento do crime organizado está relacionado a uma escalada da atuação do crime organizado (…) É de fundamental importância, eu finalizo, que essa CPMI também se debruce sobre a política de segurança do Governo Federal em relação ao crime organizado. Se é eficaz, se ela é efetiva e se ela vai no caminho certo”.

Em entrevista à Jovem Pan News, um dos autores do requerimento, o deputado coronel Meira (PL), falou sobre a formação da comissão: “O Congresso Nacional está preocupado com a vida do povo brasileiro. Houve fechamento no Ceará. No Rio Grande do Norte agora um absurdo. Lá no meu Pernambuco, Porto de Galinhas ficou sitiada por 15 dias, não entrava nem Polícia Militar. E o crime organizado mandando, e para mandar tem que ter alguém que está protegendo. A nossa CPMI vai querer investigar isso. Quem protege hoje no Brasil o crime organizado?”. O requerimento apresenta como justificativa o fato de que as organizações criminosas vem há muito tempo provocando o terror na população, que vive em “estado de alerta” e “amedrontada”.

O grupo de parlamentares reforçou que é preciso apurar os acontecimentos recentes que envolveram organizações criminosas, suas estruturas e funcionamento. Também querem saber a relação entre as facções e a ampliação dos índices de homicídios no território nacional. Para que a CPMI seja protocolada, os congressistas precisam reunir assinaturas de um terço das duas Casas. Ou seja, 171 deputados e 27 senadores. O desafio é fazer isso em pouco tempo, já que eles pretendem protocolar o pedido antes da sessão do Congresso prevista para acontecer entre os dias 11 e 14 de abril.

*Com informações da repórter Berenice Leite

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