Em entrevista exclusiva à Jovem Pan News, ministro da Agricultura deu detalhes da relação com o principal parceiro comercial do Brasil e falou sobre a expectativa para a viagem de Lula ao país asiático
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Carlos Fávaro falou com a Jovem Pan News nesta sexta-feira, 31
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, nesta sexta-feira, 31, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar mais de 30 acordos com a China. A declaração foi feita pelo titular da pasta durante entrevista exclusiva ao jornalista Claudio Dantas, no programa Prós e Contas, da Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 31. Além disso, Fávaro também falou sobre a expectativa do envio de recursos do Brics para o agronegócio. O ministro esteve na China recentemente representando Lula, que precisou adiar a visita por conta de uma pneumonia. A viagem da comitiva presidencial ao país asiático deve acontecer entre 11 e 14 de abril. Fávaro destacou uma ação do Banco do Brasil visando a captação de recursos a serem oferecidos para o setor. “O Banco do Brasil fez nos últimos dias uma operação de captação de recursos no Brics, para direcioná-los em investimentos de produtores rurais com taxa de juros reduzida, sem a necessidade de equacionamento da taxa de juros pelo Tesouro. Conseguimos fazer uma nova modalidade. Foi muito bem aceito no mercado. É uma oportunidade de Lula conversar com Dilma e buscar dois ou três bilhões de dólares, que certamente vamos aquecer a economia e gerar oportunidades ao agronegócio sem precisar a equação do tesouro”, destacou o ministro. Fávaro adiantou que o Brasil possui mais de 30 acordos para assinar com a China em diversos setores. Deste número, pelo menos quatro acordos são para a agricultura. “As grandes novidades virão com o Lula. Acredito que ele trará grandes notícias. O Brasil tem mais de 30 acordos com a China nas mais diversas áreas. Na agricultura, pelo menos quatro acordos deverão ser assinados”, disse
Durante a entrevista, o chefe da pasta também falou sobre a possibilidade do país começar a vender rações de frangos e suínos. “Nunca tinha sido aberto esse mercado e isso está alinhado também, já com valor agregado. Começamos exportar milho. O algodão, que começou em 2017 com 5% de consumo chinês hoje está em 35%. As oportunidades são grandes e isso vai gerar emprego”, resumiu. Ainda segundo o ministro, novos produtos devem ser habilitados nos próximos dias, entre eles, a uva fresca. Segundo o chefe do Ministério da Agricultura, quatro novas plantas frigoríficas foram habilitadas. Outras cinco, cujas exportações estavam suspensas, voltaram a enviar produtos para a Ásia. Fávaro disse ainda que mais 50 plantas estão no sistema chinês. “Todos aprovados pelo Ministério da Agricultura. Isso gera crescimento na economia e traz mais oportunidades”, finalizou.