InícioEditorialPolítica NacionalEduardo Girão diz que Gabinete de Fiscalização vai ‘colocar uma lupa’ nos...

Eduardo Girão diz que Gabinete de Fiscalização vai ‘colocar uma lupa’ nos ministérios de Lula

Grupo formado por parlamentares de oposição ao governo é inspirado em iniciativas adotadas no Reino Unido, Canadá e Austrália e tem a missão de vistoriar orçamentos e políticas públicas aplicados no país

Reprodução/Jovem Pan News

Eduardo Girão falou sobre o Gabinete de Fiscalização Especializada em entrevista ao Jornal da Manhã

Nesta semana, os parlamentares de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciaram o “Gabinete de Fiscalização Especializada”, colegiado inspirado em iniciativas adotadas no Reino Unido, Canadá e na Austrália para fiscalizar as ações dos ministérios do Governo Federal. O grupo tem a missão de vistoriar orçamentos e políticas públicas aplicados no país. Pelo menos 27 parlamentares, tanto deputados federais quanto senadores, fazem parte do grupo e vão atuar de forma voluntária. Cada congressista deve funcionar como uma espécie de ‘ministro-espelho’, responsável por acompanhar as ações de cada pasta do governo. Entre eles, a deputada Chris Tonietto (PL-RJ) acompanha o Ministério das Mulheres, o deputado Luiz Lima (PL-RJ) será responsável pelos Esportes, o senador Marcos Pontes fiscaliza a Ciência e Tecnologia, o deputado Mendonça Filho (União Brasil) a Educação, entre outros. Para falar sobre a iniciativa, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o senador Eduardo Girão (Novo), que é o encarregado de fiscalizar o Ministério dos Direitos Humanos dentro do colegiado.

Girão afirmou que o gabinete é importante para organizar a oposição em um projeto para apontar erros e contradições do governo e cobrar esclarecimentos dos ministros: “É realmente inovador esse modelo (…) Acho que a gente vai conseguir nesse trabalho ter um foco muito especial e de forma coordenada, nos ministérios do atual governo Lula, que está completamente perdido, está cansado já, com 100 dias de governo, e rancoroso. Nessa casca grossa, nessa proteção que está por baixo de tudo, a gente vai entender e vai ver o que está passando nesses ministérios com uma lupa analisando números, políticas públicas e eu acho que vai dar tudo certo”

“Fiquei responsável pelo ministério dos Direitos Humanos. Inclusive, tenho na minha equipe pessoas que trabalharam no ministério do governo anterior. Isso facilita muito porque é uma pauta que eu abraço antes de imaginar e pensar em chegar na política partidária. Por exemplo, a gente vê um governo que chegou com uma compreensão de direitos humanos que parece meio turva. O presidente Lula vai para a campanha e diz, por exemplo, que é contra o aborto, faz uma carta aos cristãos. Qual a primeira coisa que o ministério dos Direitos Humanos faz? Manda para a ONU, em um seminário, um palestrante pró-aborto. Isso mostra uma contradição fundamental de um direito humano básico, que é o início da vida (…) Esse governo precisa de um trabalho específico e nós vamos reconhecer, claro, os acertos que porventura venham, temos que ter essa responsabilidade, mas também vamos apontar os erros, as contradições e denunciar para a população exatamente o que está acontecendo em cada ministério”, declarou.

De acordo com o senador, o grupo é formado por nove partidos que colaborarão juntos para passar a limpo as iniciativas individuais e coletivas dos ministérios: “Conseguimos fazer algo suprapartidário, cada um no seu quadrado, cada um com a sua expertise e experiência de vida profissional para fiscalizar ministério a ministério. A gente vai cruzar tudo isso em reuniões e formatar. Isso mostra uma oposição muito organizada e muito focada para servir à nação”. Eduardo Girão também comentou algumas das pautas recentes que já são avaliadas pelo gabinete: “A gente vê com preocupação um alinhamento com o STF nessas decisões do Governo Federal. Com relação à questão do saneamento, que foi um desrespeito. Eu participei dos debates e daquela votação. 513 deputados federais, 81 senadores e um presidente da república. Olha o custo disso para o país, de horas de trabalho e assessorias para a gente aprovar uma legislação. E os partidos de apoio ao governo Lula fazem um pedido ao STF e a coisa cai na mão de um ministro que não respeita o colega, dá uma canetada e inviabiliza algo que já tinha R$ 90 bilhões de investimentos, gerando empregos e gerando saúde para os brasileiros”.

“São esses absurdos que a gente vê como, por exemplo, a flexibilização da Lei das Estatais para fazer cabide de emprego, para fazer jogada politiqueira do ‘toma lá, dá cá’, da barganha que ninguém aguenta  mais. Mas esse é o modus operandi do PT, histórico. É para isso que nós da oposição, de forma organizada e centrada, vamos colocar uma lupa e vamos agir, seja de forma judicial, seja no parlamento, seja denunciando e entregando a verdade para a população. No momento que a gente vive de caçada à liberdade de expressão, a voz ainda nós temos aqui. E vamos combater o bom combate no limite das nossas forças, mesmo sabendo das nossas limitações e imperfeições”, finalizou. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Detran-Ba institui Comitê permanente de gênero, raça, diversidade e inclusão

No mês da consciência negra, o Detran-BA (Departamento Estadual de Trânsito) estabeleceu, por meio...

Turista paulista morre afogada em praia de Caraíva de Porto Seguro

Uma turista paulista, Maria Helena Alves Parpineli Barbosa, de 68 anos, morreu após se...

Ex de Jonathan Majors retira acusações de agressão contra o ator

Grace Jabbari, ex-namorada de Jonathan Majors, desistiu do processo de agressão e difamação que...

Ex-namorada retira acusações de agressão e difamação contra Jonathan Majors

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Grace Jabbari, ex-namorada de Jonathan Majors, retirou as acusações...

Mais para você