São Paulo — A Universidade Estadual Paulista (Unesp) demitiu a professora Sandra de Moraes Gimenes Bosco, que foi presa no início do ano, acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.
A demissão foi assinada pelo reitor da Unesp, Pasqual Barretti, e publicada no Diário Oficial do último sábado (29/4), após a conclusão da apuração de um processo administrativo disciplinar.
Professora do Instituto de Biociências de Botucatu, no interior de São Paulo, Sandra estava afastada das atividades de ensino desde o dia 10 de janeiro, quando foi detida em um ônibus que retornava de Brasília.
Segundo a Unesp, “foi caracterizada infração disciplinar de natureza gravíssima” cometida pela professora. Isso porque a lei estadual proíbe a prática de atos de sabotagem contra o serviço público ou cometer crime previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional.
Ela não está na lista de denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nem na relação de réus do Supremo Tribunal Federal (STF), e ainda tem direito a recorrer da decisão no Conselho Universitário.
Detida em ônibusSandra e mais 44 pessoas foram detidas após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) parar um ônibus no km 35 da BR 153, na altura da cidade Onda Verde, região de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, no dia seguinte aos atos golpistas que destruíram a sede dos Três Poderes em Brasília.
Os policiais notaram que alguns passageiros possuíam marcas de balas de borracha no corpo. Ao serem questionados, os ocupantes do ônibus confessaram que participaram dos atos terroristas na capital do país, no dia anterior (8/1).
O Metrópoles não localizou a professora Sandra Bosco nesta segunda-feira (1º/5). O espaço segue aberto para manifestação.