Um laudo confeccionado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal e apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Polícia Militar do DF (PMDF) aponta que as instalações do Batalhão de Aviação Operacional (Bavop) “parecem adequadas para o estado atual de saúde mental” do ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres.
No último dia 28 de abril, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que o GDF informasse se o Bavop, onde Torres está detido desde 14 de janeiro, tem as condições necessárias para garantir a saúde do ex-ministro ou se seria necessário transferi-lo para um hospital penitenciário, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda e dispõe de atendimento psiquiátrico.
Um laudo assinado no último dia 30 de abril, um médico da Gerência de Serviços da Atenção Primária na Prisional, da Secretaria de Saúde, disse não considerar “necessária a transferência para hospital penitenciário”. O profissional, contudo, relatou que o caso exige acompanhamento frequente.
A PMDF informou ao STF que Torres tem quatro refeições ao dia, vigilância 24 horas, assistência médica com psiquiatra e assistência religiosa.
Anderson Torres está preso por suspeita de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos cometidos contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Preso após retornar das férias nos Estados Unidos, o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) havia informado à Polícia Federal (PF) que não entregou o celular pessoal aos investigadores por ter perdido o aparelho.
Laudo médicoUm laudo médico sobre o estado de saúde mental do ex-ministro Anderson Torres, apresentado pela defesa, apontou “piora significativa” de seu quadro psiquiátrico. O documento descreve, ainda, que o ex-ministro de Jair Bolsonaro tem sofrido seguidas crises de ansiedade e choro.
O médico que atendeu Torres, no dia 30 de abril, informou que ele apresentou “bom estado geral, consciente, atento e colaborativo”, mas ressaltou que ele está com humor ansioso. Disse, ainda, que o ex-ministro negou ideação suicida, um dos argumentos da defesa para tirá-lo da prisão.