Um dia após a Polícia Federal prender o tenente-coronel Mauro Cid, aliados e auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro já começaram a abandonar o ex-ajudante de ordens.
Nas últimas horas, aliados e integrantes da defesa de Bolsonaro vêm tentando emplacar a tese de que Cid seria o único responsável pela fraude no certificado de vacinação contra a Covid-19 do ex-presidente.
Em conversas reservadas, auxiliares de Bolsonaro insistem na tese de que o ex-presidente não sabia da adulteração e acusam Cid de ter feito tudo sozinho em busca de “benefício próprio”.
Segundo relatório da PF, além de Bolsonaro e de sua filha mais nova, Laura, o próprio Cid, a esposa e as filhas do militar também conseguiram fraudar seus cartões de vacinação.
“Cid está morto”Sob reserva, aliados próximos a Bolsonaro consideram que a situação jurídica do ex-ajudante de ordens é muito complicada. “O Cid está morto”, avaliou à coluna um membro da defesa do ex-presidente.
Auxiliares dizem que o próprio Bolsonaro tem admitido que a situação de seu ex-ajudante de ordens é difícil. Mas ponderam que, por ora, o ex-presidente não fará movimentos públicos para queimar o militar.
Ao comentar as buscas realizadas pela Polícia Federal em sua residência, Bolsonaro afirmou que, “da minha parte”, não existe adulteração. Ele não fez, porém, qualquer menção ao nome de Cid.
“Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum, não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso”, declarou o ex-presidente.