O zagueiro Armando Izzo, do Monza, foi condenado, nesta quinta-feira (4), a cinco anos de prisão pelos crimes de fraude esportiva e associação com a Camorra, uma das máfias italianas. O jogador de 31 anos já anunciou que irá recorrer.
O episódio gira em torno de supostas manipulações de resultados orquestradas pelos irmãos Accurso, membros do clã Vinella Grassi. Izzo é primo de um dos chefes do grupo criminoso. O jogador teria participado de um esquema na temporada 2013/2014 da Série B italiana. Na época, ele defendia o Avellino.
O Departamento Distrital Antimáfia (DDA) de Nápoles havia solicitado o zagueiro fosse condenado a quatro anos e 10 meses de detenção. Mas o veredito das autoridades locais foi um pouco maior.
Essa é apenas a primeira etapa do processo contra Izzo, que poderá parar atrás das grades somente depois do quarto e último nível do processo. Em suas redes sociais, o jogador se defendeu, e negou participar do esquema.
“Estou desapontado com a sentença. Eu fui inocentado de qualquer irregularidade na partida contra o Reggina, no dia 25 de maio de 2014. Mas sou acusado de manipular o jogo contra Modena, no dia 17 de maio de 2014, um confronto que nem joguei. Apresentarei um recurso e acredito na justiça, tenho certeza de que ficará provada a ausência de qualquer ligação minha com o submundo do crime”, publicou.
Izzo defende atualmente o Monza, emprestado pelo Torino. Na atual temporada, disputou 26 partidas pelo time de Silvio Berlusconi, e marcou um gol. O clube também divulgou nota sobre o caso, e disse confiar no zagueiro. O jogador tem passagens ainda por Genoa, Torino e seleção italiana.
Em 2017, Izzo foi banido por um ano e meio do futebol por manipulação de resultados, enquanto o Avellino perdeu três pontos no campeonato. A suspensão do atleta, no entanto, foi reduzida para seis meses.