A campanha de Augusto Aras para ser reconduzido como procurador-geral da República passou por um forte obstáculo na última semana, avaliam aliados.
A vice-PGR, Lindôra Araújo, opinou contra busca e apreensão, na residência de Jair Bolsonaro e Michelle, no caso da carteira de vacinação, argumentando abertamente que o ex-presidente não necessariamente sabia da fraude cometida em seu nome.
Aras tem apoio de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, em sua campanha para ser reconduzido, entre outros cabos eleitorais. Mas até pessoas próximas reconhecem que não há lobby em prol de seu nome que supere episódios como esse.
Manter Lindôra no cargo foi um erro de Aras, segundo seu círculo próximo — especialmente em um momento em que, a julgar pelas sinalizações que dá sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), Lula espera fidelidade de seus indicados em momentos de crise.