O presidente Lula inicia nesta semana uma série de conversas com lideranças de partidos que comandam ministérios no governo para cobrar apoio no Congresso Nacional.
O foco serão presidentes e líderes do PSD, MDB, União Brasil e até do PSB, partido do vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
Lula decidiu entrar diretamente na articulação política após o governo ser derrotado no primeiro teste de votações na Câmara, na semana passada.
Após ver deputados derrubarem alterações feitas pelo governo no Marco do Saneamento com apoio desses partidos, Lula chamou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para conversar.
Os dois se reuniram na manhã de quinta-feira (4/5), antes da reunião do Conselhão, e combinaram de chamar os líderes dos partidos a partir desta semana, quando Lula volta de Londres.
Horas após a conversa, Lula deu uma chamada pública no auxiliar durante discurso na abertura do Conselhão, quando cobrou empenho do ministro na articulação.
“Espero que ele tenha a mesma capacidade de organizar, de articular, que ele teve no Conselho, dentro do Congresso Nacional. Aí vai facilitar muito a vida”, disse o presidente.
DemandasNos últimos dias, o Palácio do Planalto começou a fazer um levantamento das demandas de cada partido. A cobrança dos parlamentares é principalmente pela liberação de emendas.
Integrantes da articulação política do governo admitem atraso no pagamento das emendas, mas jogam a culpa na lentidão e burocracia dos ministérios.