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Oposição quer investigar ‘omissão dolosa’ do governo na CPMI do 8 de Janeiro, aponta Filipe Barros

A expectativa é de que a CPMI do 8 de Janeiro seja instalada nesta quarta-feira, 17. Entretanto, para que isso aconteça, é necessário que todas as lideranças formalizem os nomes dos indicados. A comissão terá 16 senadores e 16 deputados titulares, além do mesmo número de parlamentares suplentes. Partidos da oposição já fizeram suas indicações, assim como algumas legendas da base aliada ao governo. O nome mais cotado para assumir a presidência é o de Arthur Maia (União Brasil). Para falar sobre o processo de abertura da comissão parlamentar mista de inquérito, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o indicado do Partido Liberal para o colegiado, deputado federal Filipe Barros (PL-PR), que detalhou os objetivos da oposição na CPMI: “A depender de todos os parlamentares da oposição, o que nós queremos é esclarecimento. Aqueles que cometeram crimes, que vandalizaram e depredaram patrimônio público ou provado, nós nunca defendemos, seja de direita, seja de esquerda. O que nós queremos investigar são indicativos de que houve uma omissão, talvez até uma omissão dolosa, por parte do Poder Executivo”.

O parlamentar afirmou que espera que todos os nomes sejam formalizados nesta quarta para que os trabalhos da CPMI comecem já na semana que vem. Setores aliados ao governo devem obter a maioria na comissão, o que foi alvo de críticas por parte de Barros: “Partidos governistas nunca quiseram a instalação dessa CPMI, inclusive disponibilizaram cargos de segundo e terceiro escalão para partidos e para deputados e disponibilizaram recursos do orçamento justamente para impedir que essa CPMI avançasse. Não tiveram sucesso nessa investida. Conseguimos as assinaturas necessárias, conseguimos fazer com que o presidente do Senado e do Congresso Nacional fizesse a leitura e instalação dessa CPMI”.

“Agora o governo continua procurando partidos políticos, deputados e senadores, oferecendo recursos de orçamento, para que eles tentem ter maioria na CPMI. Não sei de onde vem tanto medo e tanto receio por parte do governo nas investigações tão necessárias daquilo que ocorreu no dia 8 de Janeiro. Nós ainda não temos a visão geral, de se teremos ou não maioria na CPMI porque os partidos não concluíram as suas indicações. O que posso dizer é que o governo continua atuando firmemente para que eles tentem inviabilizar as investigações da CPMI”, argumentou.

O deputado federal também declarou que o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, deve ser um dos primeiros convocados pela oposição para depor na CPMI: “Ele que foi ministro do GSI e foi pego, no momento exato que os invasores estavam no Palácio do Planalto, junto com sua equipe distribuindo água para alguns manifestantes e, de certo modo, colaborando com os manifestantes. Certamente ele é um dos primeiros que nós temos que ouvir, assim como diversas pessoas que ainda estamos conversando para trazer dentro de uma estratégia. Já adianto que uma das primeiras pessoas que queremos ouvir é sim o ex-ministro general G. Dias”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

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