A Polícia Federal corrigiu uma informação sobre o cofre com R$ 4 milhões apreendido nesta quinta-feira (1º/6) no âmbito da Operação Hefesto. Inicialmente, a corporação disse que o dinheiro havia sido encontrado em Brasília, mas em nota retificadora, esclareceu que foi em Maceió (AL). No mesmo compartimento, também havia remédio usado para tratar disfunção erétil.
A PF também apreendeu uma quantia de dinheiro escondida em malas de viagem.
Um dos assessores do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi alvo de mandado de busca e apreensão na mesma operação. Embora investigado, a princípio, ele não teria ligação com o cofre apreendido em Maceió. Mas, na casa do assessor, no DF, agentes apreenderam documentos em endereços ligados a Luciano Cavalcante em Brasília. O investigado está lotado na Liderança do Progressistas (PP).
A ação da PF teve apoio da Controladoria-Geral da União (CGU). O objetivo é desarticular organização criminosa suspeita de fraude em licitação e lavagem de dinheiro em Alagoas, com recursos destinados pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) para compra de kits de robótica.
As fraudes e o superfaturamento, segundo a CGU, geraram prejuízo aos cofres públicos de R$ 8,1 milhões, além de sobrepreço, com fraude que pode chegar a R$ 19,8 milhões — em relação às despesas até então analisadas. Durante a operação, os policiais encontraram, ainda, grande quantia de dinheiro na casa de alvos, em Brasília e Alagoas.
Veja imagens:
Dinheiro encontrado em Alagoas
Dinheiro encontrado em Alagoas
dinheiro
Dinheiro apreendido em Brasília
Mais de 110 policiais federais e 13 servidores da CGU cumpriram 27 mandados judiciais de busca e apreensão nesta manhã: 16 em Maceió, oito em Brasília, um em Goiânia, um em Gravatá (PE) e um em São Carlos (SP), além de duas ordens de prisão temporária na capital federal, todos expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas.
Operação Hefesto O nome da ação faz referência ao deus da tecnologia, do fogo, dos metais e da metalurgia, segundo a mitologia grega, em alusão aos equipamentos de robótica objetos das contratações públicas feitas pelos municípios alagoanos.