Chicago – Um estudo espanhol mostra que um terço dos pacientes com um tipo agressivo de câncer de mama – que, geralmente, é tratado com quimioterapia – pode se recuperar da doença com a combinação de dois medicamentos menos tóxicos, o que diminui os efeitos colaterais sentidos pelas pacientes.
A descoberta foi apresentada, na sexta-feira (2/6), durante o congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês), em Chicago, nos Estados Unidos. O encontro da Asco é anual e reúne os maiores especialistas em câncer do mundo.
A quimioterapia é uma estratégia importante para o tratamento de tumores malignos, mas tem alta toxicidade para o organismo do paciente. Oncologistas de diferentes áreas estudam novos métodos para derrotar o câncer utilizando menos remédios.
Como foi feito o estudo Na fase 2 do estudo PHERGain, pesquisadores do Centro Internacional de Câncer de Mama (IBCC) e da Medica Scientia Innovation Research (MEDSIR) recrutaram 356 pacientes adultas com câncer de mama do subtipo HER2+ operável, entre junho de 2017 e abril de 2019. As voluntárias estavam em estágio inicial da doença, de 2 a 3.
Os pesquisadores avaliaram a viabilidade de um tratamento sem a quimioterapia, baseado na combinação dos medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe para bloquear a proteína HER2, relacionada ao desenvolvimento do tumor agressivo.
As participantes foram divididas em dois grupos. O grupo A recebeu uma combinação de quimioterapia e dos medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe, enquanto o B se concentrou em duas rodadas do uso dos medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe. Para as mulheres do segundo grupo, caso os resultados iniciais fossem positivos, elas passariam por mais seis rodadas do mesmo tratamento.
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação boonchai wedmakawand
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Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença Phynart Studio/ Getty Images
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A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: câncer no estômago, pulmão, pâncreas, etc. Flashpop/ Getty Images
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Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago FG Trade/ Getty Images
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A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo de câncer no pulmão South_agency/ Getty Images
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Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido Peter Dazeley/ Getty Images
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A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados RealPeopleGroup/ Getty Images
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Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos ljubaphoto/ Getty Images
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Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal de câncer de esôfago DjelicS/ Getty Images
Sem recidivas Ao final da terapia, as voluntárias passaram por um exame PET scam, de rastreamento da doença. Os dados mostram que 95,4% das pacientes tratadas com os medicamentos e sem a quimioterapia não tiveram recidiva do câncer três anos depois.
“Essa estratégia identifica que cerca de uma em cada três pacientes com câncer de mama inicial HER2[+] pode omitir com segurança a quimioterapia, reduzindo a toxicidade do tratamento”, afirmou o principal autor do estudo, Javier Cortes.
A repórter Bethânia Nunes viajou para Chicago, nos Estados Unidos, a convite da Bayer.
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