InícioEditorialÚnica picape média com motor V6, Amarok continua competitiva

Única picape média com motor V6, Amarok continua competitiva

A Amarok vive situações antagônicas no Brasil e na Argentina – onde é produzida e exportada para toda a América do Sul. No mercado brasileiro, a picape da Volkswagen é apenas coadjuvante no segmento dominado pela Toyota Hilux, mas brilha no país onde é fabricada e, atualmente, tem 33% de participação nas vendas da categoria.

Enquanto na Argentina é oferecida com duas motorizações – incluindo calibrações diferentes para o propulsor 2 litros de quatro cilindros a diesel, com 140 cv e 180 cv -, vai para as concessionárias brasileiras apenas com o propulsor de 3 litros V6, que rende 258 cv de potência (chegando a 272 cv em modo overtboost por até 10 segundos) e entrega 59,1 kgfm de torque. Essa escolha eleva o preço do produto no país, que parte de R$ 269.990.

Confira em vídeo as impressões sobre a Amarok V6

Esse preço faz parte de uma ação promocional, pois custava R$ 40 mil a mais. Mas sua garantia total continua sendo de três anos, como acontece com a Chevrolet S10 e a Nissan Frontier. A Volks poderia se equipará a outros três rivais: Ford Ranger, Mitsubishi L200 e Toyota Hilux, que possuem cinco anos de cobertura.

Números e estratégias à parte, aceitei um desafio da VW para experimentar seu utilitário de forma diferente. Vim até a Baradero, município a 150 quilômetros de Buenos Aires, para fazer testes em pistas de asfalto e off-road. É um programa popular aqui, realizado pelos clientes que querem aprender a extrair o máximo do seu veículo.

Ainda competitiva
A VW quer transmitir os diferenciais da Amarok a partir do seu nome, que remete a uma raça de lobos em um dialeto esquimó. Essa associação com o animal é para destacar a força do veículo, pois a mitologia aponta que eles são uma raça evoluída. Além disso, sua sonoridade remete a “I am a rock” em inglês. Ou “eu sou uma rocha”, em português.

A picape foi lançada no Brasil em 2010 e na época nem mesmo a versão topo de linha tinha transmissão automática. O que só chegou um ano e meio depois. Mas quando adotou um câmbio automático, incorporou um dos melhores, um ZF de oito velocidades.

Seu sistema de tração nas quatro rodas atua sob demanda, ou seja, entra em ação automaticamente sempre que existe necessidade, sem uma intervenção do condutor. Isso pode acontecer aos 20 km/h ou aos 150 km/h, por exemplo. Até agora, é a única que tem uma tração desse tipo.

Assim, o 4×4 atua tanto para melhorar a aderência em altas velocidades, quanto para ultrapassar obstáculos no off-road. Para isso, conta com dois dispositivos: o bloqueio do diferencial traseiro e o ABS off-road. O primeiro é útil para transpor terrenos acidentados, como em trilhas de intensidades intermediárias e avançadas, e o outro recurso diminui o espaço de frenagem em pisos de baixa aderência. Isso irá garantir a segurança do trajeto e melhorar as respostas do veículo. Para completar, ela tem freios a disco nas quatro rodas.

No entanto, falta uma atualização na lista de equipamentos. A partida ainda é feita girando a chave e itens como piloto automático adaptativo, alerta de ponto cego e aviso de ponto cego seriam bem-vindos.

De qualquer forma, a Amarok ainda é competitiva e a VW do Brasil continua com o desafio de convencer os picapeiros que dispõe de um bom produto. Uma solução é ampliar a experimentação, como faz na filial argentina. Outro aprendizado é a garantia, que é de seis anos ou 150 mil quilômetros para os argentinos.

*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA VOLKSWAGEN

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