O senador Davi Alcolumbre, presidente da principal comissão do Senado, foi sete vezes mais rápido para marcar a sabatina do nome de Lula para o STF do que o indicado por Jair Bolsonaro. O advogado Cristiano Zanin será recebido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa no próximo dia 21, 20 dias depois que Lula fez a escolha.
Na indicação anterior ao STF, em 2021, o governo Bolsonaro teve de esperar 141 dias para que a sabatina de André Mendonça acontecesse. O impasse aconteceu entre 13 de julho e 1º de dezembro. Bolsonaro reclamou da demora publicamente: “O que ele [Davi Alcolumbre] está fazendo, não se faz”.
Na época, Alcolumbre também presidia a CCJ e evitou ao máximo pautar a sabatina. Chegou a ser alvo de uma ação de parlamentares no próprio Supremo para que a sessão fosse marcada. Quando era questionado pela lentidão, repetia: “Sem previsão”.
Desta vez, com Zanin, Alcolumbre retomou o ritmo normal de análise dessas indicações. Em 2019, quando a CCJ era comandada pela senadora Simone Tebet, atual ministra do Planejamento, Kassio Nunes Marques aguardou 19 dias para ser sabatinado.