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‘Maior São João do Mundo’ em Campina Grande é versão forró do Rock in Rio; conheça

No duelo entre Carnaval e São João, os baianos mais chegados a junho perdem para o bonde de fevereiro perdem no argumento bairrista. Diferente da folia carnavalesca, a Bahia não tem a maior festa junina do mundo. Mesmo com postulantes do quilate de Amargosa e Santo Antônio de Jesus, o estado perde a peleja para os vizinhos paraibanos e a festa realizada em Campina Grande.

Os argumentos para a Rainha da Borborema – carinhoso apelido da principal metrópole do sertão paraibano – ostentar tal posto são diversos, a começar pela duração. Por lá, eles não recorrem a eufemismos como Furdunço e Fuzuê. A duração alongada dos festejos juninos já foi institucionalizada por lá: 30 dias – 2 de junho a 2 de julho na edição 2023.

As 60 mil pessoas que diariamente passam pelo Parque do Povo, local onde ocorrem os principais shows, também é uma justificativa convincente. E esse número poderia ser ainda maior, pois a organização fecha os portões sempre que a lotação é atingida – algo que acontece quase todas as noites. Por isso, a recomendação é chegar cedo para garantir seu lugar.

As atrações de peso, claro, não podem faltar. O ‘line-up’ inclui desde nomes tradicionais, como Flávio José, Geraldo Azevedo, Calcinha Preta, Limão com Mel, Elba Ramalho e Alceu Valença até atrações de ritmos mais variados, a exemplo de Léo Santana, Alok, Wesley Safadão, Gusttavo Lima e Padre Fábio de Melo.

Não à toa, Campina já patenteou o nome e anuncia “Maior São João do Mundo” em todos os lugares possíveis. E é assim quase desde sempre. Neste ano, a festa completa 40 anos e desde a primeira edição já carrega a alcunha superlativa. Detalhe que em 1983 os shows aconteciam em um paiol longe do glamour e pirotecnia do palco que hoje recebe grandes nomes da música. 

“Isso é para você ver como o campinense tem mania de grandeza”, brinca a professora Cléa Cordeiro, que guarda a memória do São João da cidade no Memorial Maior São João do Mundo.

Parque do Povo
Para abarcar esse mar de gente em pleno sertão, a tradição junina se alia a uma estrutura de nível Rock in Rio, com a “Cidade do Forró” atendendo pelo nome de Parque do Povo. Lá está o palco principal da festa, além da famosa “Pirâmide”, que recebe shows menores, além das apresentações de algumas quadrilhas.

O que mais chama a atenção, no entanto, é uma vila cenográfica, feita na estética sertaneja. Neste espaço há diversas opções culinárias, desde o aclamado cardápio junino – com milho, canjica, pamonha e amendoim – até um menu ‘internacional’, com pizza e sushi. 

A grandeza do espaço também serve para ancorar as ativações publicitárias dos mais de 10 patrocinadores da festa, com destaque para amostras grátis de cachaça e até um karaokê.

Forró in Campina
Fundada em 1864, Campina Grande cresceu no século XX devido a uma soma de fatores como localização privilegiada, no planalto da Serra da Borborema e uma linha férrea que passava pelo município. Rapidamente tornou-se um polo industrial, comercial e, pouco depois, cultural.

A riqueza da cidade fez artistas do sertão paraibano, pernambucano e alagoano migrarem para lá, onde tocavam nos melhores palcos. Destes, dois nomes se destacaram: Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga – dupla que hoje é homenageada em um monumento da cidade. 

A herança forrozeira, legado desses grandes nomes do passado, é visível e aflora no São João. Não importa se você está almoçando em um restaurante, andando de ônibus ou comprando um pão na padaria. A trilha sonora será ditada por uma orquestra composta por sanfona, zabumba e triângulo.

Como ir a Campina Grande saindo de Salvador
Para muitos baianos, o São João é uma época nostálgica. Tempo de ir até o interior para visitar familiares, revisitar lugares marcantes da infância e, claro, aproveitar um forrózinho na praça. ‘Pr’aqueles’ dispostos a abrir mão, por um ano que seja, do bolo de milho feito pela avó, Campina Grande surge como opção viável para um festejo mais pomposo.

A cidade está a 850 quilômetros de Salvador, trajeto que pode ser percorrido tanto de carro quanto numa viagem de ônibus. A maneira mais confortável e tranquila, no entanto, é de avião. Neste período junino, duas companhias aéreas estão com voos diretos entre a capital baiana e a capital do forró: Gol e Azul.

A Gol opera a rota com os tradicionais jatos Boeing 737, enquanto a Azul usa os ATR-72, turboélices. Com isso, o tempo de viagem usando a laranjinha é cerca de 30 minutos mais rápido (aproximadamente 1h10 contra 1h40 de voo). Para o período, a Gol está com voos extras, saindo de Salvador aos sábados e de Guarulhos, em São Paulo, às terças.

“A adição dessas operações extras no período junino mostra a importância da valorização do bem cultural que é o ‘Maior São João do Mundo’. Dessa forma, os Clientes da GOL poderão se conectar mais facilmente com os principais hubs da empresa: São Paulo (GRU e CGH), Rio de Janeiro (SDU), Fortaleza (FOR) e Brasília (BSB). Levá-los para conhecer e vivenciar a cultura brasileira é um dos propósitos da Companhia”, destaca Bruno Balan, gerente de Planejamento Estratégico de Malha Aérea da Gol.

Gol promoveu até casamento junino durante voo entre Salvador e Campina Grande (Foto: Belle França / Divulgação)

“Um dos grandes diferenciais de Campina é a capacidade da cidade de receber as pessoas quem vem para cá. Temos uma malha viária que facilita os turistas de todo o Brasil virem para cá. Temos estradas federais cortando a cidade, aeroporto, uma rede hoteleira, restaurantes, bares. A experiência de se viver o São João aqui é uma experiência completa. Desde a chegada ao aeroporto até o momento de ir ao Parque do Povo. Ao chegar, seja bem vindo. Ao sair, leve saudade”, exalta Bruno Cunha Lima, prefeito de Campina Grande.

O que fazer em Campina Grande, além do São João
As atrações em Campina não se restringem às juninas. A terra de Juliette, campeã do Big Brother Brasil 21, também tem parques, museus, artesanato, restaurantes com o melhor da culinária paraibana e até jacaré, dizem algumas lendas.

Um dos maiores destaques é o Museu Três Pandeiros. Se por fora a arquitetura por si só já vale uma visita, no interior o queixo fica ainda mais caído com as variadas exposições se revezam por ali. Atualmente, quem ocupa o espaço é uma mostra em homenagem Ariano Suassuna, contando a história do artista e de suas obras – com destaque, claro, ao Auto da Compadecida. 

Ainda no rol cultural, outra parada indispensável é o Sesi Museu Digital. Campina Grande é a única no Brasil a ostentar o selo de Cidade Criativa, título dado pela Unesco. E esta atração justamente explora essa veia tecnológica do município, com uma exposição interativa, com jogos e óculos de realidade virtual que ajudam a contar a história e as tradições da Rainha do Borborema.

Para explorar as ruas, esqueça o tradicional “Hop-on hop-off” e embarque no Ônibus do Forró, que te levará pelos principais pontos turísticos e, em cada parada, um cordel será apresentado para contar a história da atração. Além disso, como o nome já entrega, um trio de forró estará tocando, e animando o povo, durante todo o percurso.

Entre um xaxado e outro, guarde um tempinho para a “Vila Sítio São João”. Esse espaço cinematográfico busca resgatar e preservar a cultura sertaneja, mostrando como era a arquitetura e o estilo de vida em Campina Grande nas décadas anteriores. Lá também há um mini zoológico, com répteis da caatinga em exposição. Além de, claro, muito forró.

Foto: Belle França / Divulgação

Para as compras, o local mais indicado é a Vila do Artesão. Produtores locais exibem nas dezenas de stands peças de roupa, lembrancinhas, obras de arte e até a tradicional cachaça.

Onde comer em Campina Grande
No que depender de opções e variedade, ninguém fica de “bucho vazio” em Campina. A carne do sol e o cuscuz são os carros chefes da culinária local, sendo servido das mais diversas formas e com diferentes acompanhamentos.

Uma parada imperdível é a Casa de Cumpade, comandada pelo premiado chef Cumpade João. A experiência no local é tão intensa e variada que a deliciosa comida quase acaba em segundo plano.

Cumpade é um artista que virou chef, e vice-versa. Além de cozinhar, ele canta, declama cordéis e conta histórias com uma simpatia única. 

O ambiente fica na zona rural de Campina Grande, mas vale o esforço. Por lá também ocorre o Arraiá do Cumpade, uma das mais tradicionais e disputadas festas juninas privadas do Maior São João do Mundo.

Foto: Belle França / Divulgação

Outro ícone da culinária campineira é a linguiça de Seu Manoel – lá ele. O bar e restaurante homônimo é um dos mais tradicionais da cidade, com mais de 60 anos. Além da linguiça, lá também é servido chop gelado e petiscos deliciosos, como uma generosa porção de carne do sol e galeto. Atualmente, o estabelecimento funciona em três endereços na metrópole do sertão.

O bar do cuscuz é uma atração mais famosa, já que possui sede em outras grandes cidades nordestinas. Apesar disso, o local honra o nome e serve um dos melhores cuscuz da região. Além disso, o espaço também recebe shows – preferencialmente de forró – e é um dos principais pontos de encontro da juventude campinense.

Programação no palco principal

14 de junho (quarta-feira)
Renan da Resenha
Mução

15 de junho (quinta-feira)
Léo Santana
Magníficos
Sâmya Maia

16 de junho (sexta-feira)
Xand Avião
Ávine Vinny
Brasas do Forró
Millane

17 de junho (sábado)
Murilo Huff
Dorgival Dantas
Zé Cantor
Jefferson Arretado

18 de junho (domingo)
Matheus e Kauan
Raí Saia Rodada
Banda Cascavel

20 de junho (terça-feira)
Padre Fábio de Melo
Elson Júnior

21 de junho (quarta-feira)
Mano Walter
Matheus Fernandes
Fabiano Guimarães

22 de junho (quinta-feira)
Alok
Ícaro e Gilmar
Alanzim Coreano

23 de junho (sexta-feira)
Elba Ramalho
Capilé
Amazan
Sofia Gayoso

24 de junho (sábado)
Fagner
Roberta Miranda
Garotinho
Fabrício Rodrigues

25 de junho (domingo)
Alceu Valença
Gustavo Mioto
Humberto e Ronaldo
Ton Oliveira

27 de junho (terça-feira)
Marcos Freire
Andreson Freire

28 de junho (quarta-feira)
Priscila Senna
Naiara Azevedo
Márcia Fellipe

29 de junho (quinta-feira)
Menos é Mais
Gegê Bismarck
Santana
Guilherme Dantas

30 de junho (sexta-feira)
Nattan
Toca do Vale
Ranniere Gomes
Banda Encantus

1º de julho (sábado)
Bruno e Marrone
Jonas Esticado
Walkiria Santos
Na Pegada do Coyote

2 de julho (domingo)
Mari Fernandez
Zé Vaqueiro
Waldonys
Nonato Neto

*Repórter viajou até Campina Grande a convite da GOL

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