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Economia de baixo carbono é a nova forma de fazer negócios

Mudanças climáticas, elevação do nível do mar e acidificação dos oceanos são algumas das consequências apontadas por especialistas para as emissões de gases estufa na atmosfera. No lastro da crescente conscientização da sociedade sobre o impacto das ações humanas no meio ambiente e a busca por ações sustentáveis, o setor público e a iniciativa privada por todo o planeta têm aderido à economia de baixo carbono para tentar mitigar o avanço do quadro. Como o próprio termo sugere, a economia de baixo carbono é um modelo econômico que tem por objetivo a redução das emissões de gases de efeito estufa e os seus impactos no meio ambiente. Baseada na transição de sistemas produtivos e de consumo que dependem intensamente de combustíveis fósseis para fontes de energia mais limpas e renováveis, a economia de baixo carbono também estimula a promoção de outras práticas sustentáveis em diversos setores da economia. Estratégias como a busca pela eficiência energética e utilização de fontes renováveis de energia; gestão inteligente de resíduos, transporte e cadeia de suprimento sustentável; além da compensação de carbono, tm sido cada vez mais utilizadas por empresas dos mais variados setores como é o caso da Wilson Sons, responsável pela operação portuária e marítima do terminal de cargas de Salvador. Depois de alcançar uma redução de 20% na intensidade de carbono operacional, através da reorganização do pátio no Tecon Salvador, ao longo de 2022, a Wilson Sons vai ampliar a frota para operação, incluindo 12 novos tratores de pátio totalmente elétricos, evitando a emissão de até 341 toneladas de CO2. O investimento fará do porto da capital baiana o primeiro terminal do Brasil e um dos primeiros terminais das Américas a inserir equipamentos elétricos em sua operação. A adoção de modelos que contam com energia mais limpa é somada a uma série de ações que vem sendo implementadas ao longo dos anos. Atualmente a companhia mantém o compromisso de publicar seu Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no registro público, do Programa Brasileiro GHG Protocol. Em 2022, a companhia manteve o selo ouro do inventário publicado no programa, abrangendo os escopos 1 e 2. No ano passado, a Wilson Sons também ajustou as rotas de navegação dos rebocadores, conseguindo estabelecer um uso mais eficiente do combustível marítimo. Já as emissões gerais da companhia foram reduzidas em 5%, enquanto o consumo de energia elétrica caiu 4%. A Unipar, petroquímica líder na produção de cloro e soda e a segunda maior produtora de PVC na América do Sul, também assumiu metas e compromissos relativos à mitigação dos danos ao meio ambiente. Por meio de parcerias com importantes players do mercado de energia, está construindo projetos para superar o desafio de operar com 80% da demanda de energia elétrica proveniente de fontes renováveis. A expectativa da empresa é alcançar esse objetivo ainda em 2024. Em abril, o complexo solar Lar do Sol, construído em parceria com a Atlas Renewable Energy, entrou em operação comercial e já direciona parte da energia gerada para a Unipar. Há também uma parceria com a AES Brasil para a construção de dois complexos eólicos, sendo um na Bahia e outro no Rio Grande do Norte, ambos com previsão de operação no próximo ano. Através destas iniciativas, a companhia irá alcançar a meta sobre obtenção de energia limpa, reduzirá as emissões e vai melhorar sua pegada de carbono, minimizando os custos variáveis, uma vez que a energia elétrica corresponde a cerca de 50% dos custos da produção de cloro/soda. Além de passar a ofertar produtos mais verdes, impactando positivamente a pegada de carbono de todo o ecossistema. No campo do primeiro setor, equipes de gestão atentas ao movimento da economia de baixo carbono também tem empreendido esforços para reduzir as emissões de gases estufa. Segundo a secretária municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência de Salvador, Marcelle Moraes, a prefeitura da capital baiana tem trazido um olhar sustentável para todas as pastas e a redução da pegada de carbono já tem sido notada em situações como a escolha de ônibus elétricos para operação do Sistema BRT e a implantação da Casa So+Ma, fundamental para a gestão inteligente de resíduos. “Mitigar as emissões de carbono é uma preocupação da Prefeitura. Agora estamos trabalhando em conjunto com uma consultoria internacional para fazer um inventário que vai metrificar a produção total de gases estufa e a partir daí, criaremos estratégias para reduzir a pegada”, afirma Marcelle. “Também temos um projeto da construção de um parque solar, no antigo aterro sanitário de Canabrava, possibilitando a geração de energia limpa não só para a operação dos órgãos municipais como para toda a comunidade do entorno. A garantia de um futuro mais sustentável é uma missão de todos”, completa. O projeto Mundo Sustentável é uma realização do Jornal Correio, com o patrocínio da Unipar e Braskem, apoio institucional da Prefeitura de Salvador e apoio da Wilson Sons.

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