Cinco dos seis postos de recarga semirrápida de veículos elétricos adquiridos pela gestão Jair Bolsonaro (PL) ao custo total de R$ 116.400,00 estão desativados. Esses eletropostos foram comprados em dezembro de 2020 por meio de licitação pública (Pregão Eletrônico SRP nº 19/2020), ao custo unitário de R$ 19.400,00, incluídos prazo de garantia de dois anos e instalação.
São cinco estações sob a gestão do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (Blocos C, F, P, K e J) e uma do Ministério do Meio Ambiente (Bloco B). Destas, apenas a última unidade está ativa para recarga.
Os eletropostos ficaram ligados em um curto período de tempo e apenas para testes, dentro do projeto-piloto VEM DF, do Governo do Distrito Federal (GDF).
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Os estacionamentos de alguns ministérios contam com vagas e eletropostos para carros elétricos, mas de todos os 6 pontos apenas o do Ministério do Meio Ambiente (bloco B) está ativo para recarga. Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
Eletroposto Esplanada 3
Os estacionamentos de alguns ministérios contam com vagas e eletropostos para carros elétricos, mas de todos os 6 pontos apenas o do Ministério do Meio Ambiente (bloco B) está ativo para recarga. Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
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Cada eletroposto permite a recarga simultânea de dois veículos elétricos Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
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Eletroposto Esplanada 2
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Carro elétrico estacionado no posto de recarga Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
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O modelo da JAC é elétrico Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
Carro elétrico
Recargo de veículo elétrico
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Algumas das vagas são utilizadas por veículos a combustão Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
Eletroposto Esplanada
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Cada eletroposto permitia a recarga de dois veículos elétricos simultaneamente. Os equipamentos são da marca WEG, empresa de equipamentos eletroeletrônicos que atua no setor de bens de capital com foco em motores, redutores e acionamentos elétricos, geradores e transformadores de energia, produtos e sistemas para eletrificação, automação e digitalização.
Projeto-piloto O projeto-piloto VEM DF visa promover a eletro-mobilidade no Distrito Federal. Um dos pontos contemplados pelo projeto é justamente a instalação de uma rede de eletropostos distribuídos em diferentes locais do DF.
Em setembro de 2020, o então Ministério da Economia (ME), chefiado por Paulo Guedes, assinou com o GDF um acordo de cooperação técnica que formalizou a parceria entre os dois órgãos no projeto-piloto. Com isso, a utilização de veículos elétricos para deslocamento a serviço, que já existia no governo distrital, foi estendida também aos servidores federais.
O acordo também contemplou a ampliação da área de circulação dos veículos por meio de instalação de eletropostos sob responsabilidade da pasta da administração pública federal. Ao GDF coube compartilhar os veículos elétricos (eram 16 rodando pelo projeto naquele ano), carregadores e o software de gestão e monitoramento.
O que diz o governo federal Procurado pela reportagem, o Ministério da Gestão informou que não há registro de monitoramento do uso e dados de consumo no período em que funcionaram as estações, haja vista que esse controle é feito por intermédio de contratação de solução de monitoramento, que não está contemplada na aquisição das seis estações de recarga.
Segundo a pasta, atualmente não existe nenhum custo com manutenção e operação dessas estações, que seguem desativadas.
A reportagem identificou que algumas das vagas têm sido utilizadas por veículos comuns. Questionado, o Ministério da Gestão disse que cabe aos órgãos de trânsito fazer a fiscalização devida.
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Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
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Eletroposto no Bloco F da Esplanada dos Ministérios desligado e a vaga utilizada por veículo comum. Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
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Eletroposto no Bloco F da Esplanada dos Ministérios desligado e a vaga utilizada por veículo comum. Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
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Eletroposto no Bloco F da Esplanada dos Ministérios desligado e a vaga utilizada por veículo comum. Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
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Eletroposto no Bloco F da Esplanada dos Ministérios desligado e a vaga utilizada por veículo comum. Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
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O ministério informou ainda que a Secretaria de Gestão Corporativa deve retomar, no segundo semestre de 2023, estudos para viabilizar a utilização dos eletropostos em novos projetos que envolvam o uso de veículos elétricos.
A pasta do Meio Ambiente também foi procurada em separado pela reportagem, visto que é a única que abriga uma estação em funcionamento. Até o momento, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
Agenda verde O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a pauta ambiental como diretriz tranversal. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que, a partir do segundo semestre do ano, pretende tocar a agenda verde.
“Temos que ver como substituir combustível fóssil para abastecimento de transporte. O Brasil tem muitas oportunidades, diesel verde, carro elétrico, híbrido. Estamos explorando”, disse Haddad na última quinta-feira (22/6), em coletiva de imprensa em Paris, na França, onde acompanhou a agenda do presidente da República.
“Não temos problema com compromissos ambientais”, diz Haddad na França
Em abril, Lula visitou na China a sede de uma montadora de veículos elétricos que negocia a instalação de uma fábrica na Bahia. Segundo a agência Reuters, a empresa de veículos elétricos BYD tem interesse em adquirir o parque industrial da Ford em Camaçari (BA), que foi desativado desde que a montadora norte-americana encerrou as operações no Brasil, em 2021.
A instalação dessa fábrica chinesa tem o potencial de alavancar as vendas de carros elétricos no país.
Apesar disso, o governo tem dado sinais mistos. No início de junho, foi lançado um programa para baratear carros e impulsionar o setor automotivo. O pacote contempla R$ 1,5 bilhão do orçamento federal na forma de créditos tributários. O valor é distribuído da seguinte forma:
R$ 500 milhões para carros de passeio; R$ 700 milhões para caminhões; e R$ 300 milhões para vans e ônibus.