Após o depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro deu entrevista improvisada à imprensa em que afirmou se tratar de um “esculacho” a situação, pois, segundo ele, não teve nenhum envolvimento com tentativa de golpe de Estado. “Muitos outros virão (depoimentos). Já teve busca apreensão na minha casa, no meu entender é um pacto para me esculachar. Nunca roubei nada, nunca fiz nada. Se não tivesse capital político não tinham feito isso contra mim”. Sobre a reunião com Marcos do Val, Bolsonaro disse se tratar de conversa cotidiana com parlamentares, e que não tocou no nome de Alexandre de Moraes nesta conversa e nem nunca teve contato próximo com o senador. Bolsonaro ainda afirmou que a escolha como ajudante de ordem de Cid Moreira, que está preso preventivamente por atentado contra a democracia, foi indicação do Comandante do Exército, e não foi escolha pessoal sua, apesar dele ser filho de um grande companheiro de turma da Academia Militar das Agulhas Negras. Por fim, Bolsonaro afirmou que no dia 8 de janeiro não houve tentativa de golpe, pois todos “estavam com Bíblias de baixo do braço e orando”. “Ninguém dá golpe em domingo”, afirmou o ex-presidente. “Não justifica esta prisão em cima deles. Estão fazendo uma ação contrária ao Estado democrático, falam tanto disso e estão fazendo contra”. Ao fim, o advogado de Bolsonaro exibiu uma folha de papel ofício coma foto de uma suposta conversa do Senador Marcos do Val com o ministro Alexandre de Moraes, no qual diz que havia um conluio para que Moraes perdesse o seu cargo, o membro do Supremo Tribunal Federal havia respondido “Coisa de maluco!” para a a tentativa de deposição.