Ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto usou nesta quarta-feira (19) os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre os péssimos indicadores de saneamento básico na Bahia para criticar o PT, partido que há 17 anos governa a Bahia. De acordo com as informações coletadas através da PNADC (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua), no Censo que terminou no ano passado, mais de 1,9 milhão de casas em todo o Estado (40,5% das residências baianas) não têm rede de esgoto e outros 771 mil imóveis não são abastecidos com água potável. “A Bahia, infelizmente, só piorou nos últimos 17 anos em que o Estado é governado pelo PT. E, quando a gente olha a situação como um todo, é claro que isso é muito mais grave no interior”, disse ACM Neto, em gravação divulgada nas redes sociais. ACM Neto afirmou ainda que, na zona rural, “existem verdadeiras comunidades sem qualquer acesso à água tratada. Esse é um dado que revela a desigualdade social e a pobreza na Bahia, mas que também traz outra preocupação. Porque vocês podem observar que os problemas de saúde pública se agravam quando as pessoas não têm acesso a um serviço de água tratada, a uma água de qualidade. É claro que a gente espera que os baianos sejam olhados com dignidade, com respeito, que a vida das pessoas seja uma prioridade para os nossos governantes”. Empresa ineficiente – ACM Neto também aproveitou a gravação para criticar a Embasa, empresa que faz a distribuição de água na Bahia. “Do outro lado, a Embasa, responsável pelos serviços (distribuição de água e saneamento básico) é uma empresa ineficiente, uma empresa que não tem investimentos e que cobra caro a conta de água e esgoto para o cidadão. Eu digo tudo isso porque esses dados mostram que a Bahia precisa de mudança, precisa de um futuro diferente, precisa de um governo que pare de discurso, de propaganda, de dizer apenas nos comerciais que olha pelos mais pobres e que comece a trabalhar investindo para melhorar a qualidade de vida dos baianos, o que infelizmente, não acontece há 17 anos”, concluiu ACM Neto.