InícioEditorialPolítica Nacional“Decisão do Parlamento é a única com legitimidade”, diz Pacheco sobre descriminalização...

“Decisão do Parlamento é a única com legitimidade”, diz Pacheco sobre descriminalização da maconha

Supremo retoma julgamento sobre descriminalização do porte de maconha, enquanto Senado discute o tema em sessão especial no plenário; para senador, debate é complexo

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

Rodrigo Pacheco abriu há pouco sessão do Senado para debater a legalização da maconha para consumo pessoal, tema que está na pauta de julgamento no Supremo hoje. Segundo ele, a decisão sobre a descriminalização do porte de drogas deve ser tomada após “debate amplo e plural” liderado pelo Legislativo, ouvindo representantes de diferentes setores, considerando a complexidade do tema. “A decisão do Parlamento é a única com legitimidade”, disse, sendo aplaudido pelos presentes no plenário. “Trata-se de assunto complexo que deve ser abordado por vários ângulos, passa por searas diversas, como saúde, educação, segurança pública e até economia. Deve ser analisado com muita responsabilidade e diligência.” O presidente do Senado citou pesquisa do IPEA segundo a qual, a legalização do porte de maconha — considerado o parâmetro de 25 gramas por usuário — levaria à absolvição de 27% de todos os condenados por tráfico.

Estudo da UNODC, agência da ONU dedicada ao tema das drogas, mostra que na última década houve um aumento de 26% no consumo de drogas no mundo e, no Brasil, o SUS registrou mais de 400 mil atendimentos de pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas, incluindo o álcool. Pacheco fez vários questionamentos que precisam ser respondidos antes de qualquer decisão. “A Constituição deverá manter a equiparação entre tráfico de entorpecentes e crimes hediondos? Um traficante de pequenas quantidades deve ser absolvido? Caso se decida pela descriminalização, quais formatos de uso de drogas serão liberados? Como se dará a regulamentação do mercado legalizado?” Para o senador, são muitas questões que “devem ser respondidas com responsabilidade e pelo Poder que é encarregado dessa deliberação”.

“Uma simples descriminalização no julgamento de um caso concreto, sem considerar todas essas circunstancias é um ato que se revela invasivo a um poder e contraproducente à sociedade. Precisamos avançar na discussão de natureza política, para aí sim tomar a melhor decisão.” Pacheco também citou diversas vezes em que o Legislativo se dedicou ao tema, como na Lei 6368/76, sucedida em 2006 e ratificada e modificada em 2019. “Não se pode atribuir ao Congresso Nacional inércia ou omissão”. Por fim, repisou os argumentos de que a droga, para chegar na mão do indivíduo, passa por uma cadeia de produção criminosa, que envolve corrupção, lavagem de dinheiro, homicídio, corrupção de menores etc. “É inimaginável pensar que a aquisição de um produto de origem absolutamente ilícita, expressão de um crime comparado a hediondo e de gravíssimas consequências, seja algo atípico, sem consequências jurídicas.”

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Turista paulista morre afogada em praia de Caraíva de Porto Seguro

Uma turista paulista, Maria Helena Alves Parpineli Barbosa, de 68 anos, morreu após se...

Ex de Jonathan Majors retira acusações de agressão contra o ator

Grace Jabbari, ex-namorada de Jonathan Majors, desistiu do processo de agressão e difamação que...

Ex-namorada retira acusações de agressão e difamação contra Jonathan Majors

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Grace Jabbari, ex-namorada de Jonathan Majors, retirou as acusações...

Adriane Galisteu expõe relacionamento abusivo: “Na terapia”

Casada com Alexandre Iódice há 13 anos, Adriane Galisteu expôs ter vivido um relacionamento...

Mais para você