O policial Fabiano Menacho Ferreira, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), afirmou em depoimento que atirou no carro onde estava Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, depois que ouviu um barulho de tiro. A menina estava no veículo com os pais, a tia e a irmã. O caso aconteceu em Seropédica, município da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, na noite dessa quinta-feira (7/9).
O agente de segurança disse que ele e mais dois colegas começaram a perseguir o veículo depois que foi verificado que o carro era roubado. Fabiano Ferreira afirmou que “depois de 10 segundos atrás do veículo”, os policiais escutaram o som de disparo de arma de fogo e chegaram a se abaixar dentro da viatura. As informações são do G1.
O policial admitiu que efetuou três disparos com um fuzil calibre 556 contra o Peugeot onde estava a menina e a sua família, “pois a situação lhe fez supor que disparo que ouvira veio deste veículo”. Fabiano Ferreira reconhece que os disparos atingiram Heloísa, mas reforça que socorreu a criança em sua viatura e a levou para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) confirmou que o carro da família era roubado. O motorista e pai de Heloísa, William Silva, disse que comprou o veículo recentemente e não sabia da situação irregular do veículo.
Estado de saúde Heloísa, de 3 anos, passou por uma cirurgia no hospital. Segundo o último boletim médico, divulgado na tarde desta sexta-feira (8/9), a menina foi internada no Centro de Terapia Intensivo (CTI) e o seu estado é grave.
“A direção do HMAPN informa que, ao dar entrada na unidade, a criança foi avaliada pela CIPE, neurocirurgia e pediatria, com realização de exames de imagem e laboratório. Mesma foi encaminhada para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento. No momento a paciente está entubada, no CTI do hospital, e seu estado é grave”, destacou o boletim divulgado pela prefeitura de Duque de Caxias.
Policiais afastados A PRF informou que os três agentes envolvidos no caso foram afastados de suas funções de forma preventiva, até que o episódio seja apurado pela corporação.
“As circunstâncias estão em apuração pela Corregedoria da PRF. A instituição colabora com as investigações da polícia judiciária para o esclarecimento dos fatos. Os policiais envolvidos foram preventivamente afastados das funções operacionais, inclusive para atendimento e avaliação psicológica”, destaca trecho da nota da PRF.
A PCRJ disse que apenas um dos policiais fez o disparo contra o carro. A arma utilizada pelo agente era um fuzil calibre 556 que foi apreendido e encaminhado para a 48ª DP (Seropédica), que investiga o caso.