Contrariada com a ausência de Braga Netto na lista de possíveis depoentes, bancada governista votou contra requerimento para chamar Sandro Queiroz
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Requerimento para a convocação de Sandro Augusto Queiroz foi reprovado por 14 votos a 10
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a destruição das sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro rejeitou nesta terça-feira, 3, a convocação de Sandro Augusto Queiroz, ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional de Segurança Pública. Foram 14 votos contrários e 10 favoráveis. A rejeição do requerimento ocorreu por uma falha na tentativa de acordo para chamar nomes de interesse da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como Sandro Queiroz. O presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), pautou o requerimento à contrariedade de parlamentares governistas, como o deputado Rogério Correia (PT-MG), que questionou a convocação de Sandro e a ausência de Walter Braga Netto, que foi ministro durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e vice na campanha presidencial do ex-presidente em 2022.
Havia um acordo entre base e oposição para não pautar nem o requerimento de Sandro Queiroz, nem o de Braga Netto. Em meio à confusão após os questionamentos de Correia, Arthur Maia resolveu pautar o requerimento de Sandro Queiroz. O presidente afirmou que caso fosse aprovado, ele pautaria os pedidos do governo. Porém, após a rejeição, não pautou mais nada. Após uma nova discussão entre os membros do colegiado, Maia iniciou o depoimento do empresário Argino Bedin. Ele é suspeito de financiar atos como os bloqueios em estradas contra o resultado das eleições de 2022.