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General do Exército diz que diretor de Arsenal de Guerra será exonerado após furto de 21 metralhadoras em SP

O general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste do Exército, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira, 19, para dar mais detalhes sobre as 21 armas roubadas do quartel em Barueri, na Grande São Paulo – oito foram recuperadas pela Polícia Civil, no Rio de Janeiro. Segundo o general, o diretor do Arsenal de Guerra de SP será o primeiro a sofrer as consequências do furto, sendo exonerado do cargo. “O Exército considera esse episódio inaceitável e não medirá esforços para responsabilizar os autores e recuperar todo o armamento no mais curto prazo. Tudo está sendo investigado, e os ilícitos e desvios de conduta serão responsabilizados nos rigores da lei”, disse Maurício Vieira, que também confirmou o envolvimento de civis no caso.

De acordo com o general, a última vez que o armamento foi conferido ocorreu em 6 de setembro, mais de um mês antes do descobrimento do furto. “Essas armas ficam numa reserva de armamento, por serem inservíveis, essa reserva é lacrada e é conferido diariamente esse lacre. Houve, no dia 10 de outubro, a verificação de uma possibilidade de ter um arrombamento ali, de uma troca de cadeado, e era possível forçar a porta para poder entrar. Além do cadeado, havia um lacre nessa reserva. O que realmente ocorreu foi que o lacre foi substituído, mas também o cadeado”, explicou Maurício Vieira. “Nesse dia, descobrimos que havia sido subtraído esse armamento. A última conferência oficial que houve dessa sala ocorreu no dia 6 de setembro, foi o último dia que entraram para retirar armamentos”, acrescentou.

Na conversa com a imprensa, Maurício Vieira ainda confirmou que 160 militares seguem aquartelados em Barueri, no local do furto – inicialmente, o número era de 480 militares. O general, entretanto, pontuou que eles não estão presos. “Todos militares, relacionados a este fato, estiveram numa situação extraordinária, como previsto no regulamento. Eles ficaram aquartelados. Hoje, temos 160 aquartelados. Eles estão ali para facilitar a apuração da investigação. E até mesmo para realizar ações imediatas naquele momento. Caso fosse necessário, eles seriam utilizado. Isso está previsto no regulamento”, pontuou. “Não há nenhum militar detido. As apurações ainda não encerraram. Quem recebeu o formulário de defesa, ainda está escrevendo a defesa e será julgado depois. Hoje, não há ninguém preso, nem na esfera criminal ou administrativa/disciplinar. Isso não exclui realizar prisão preventiva de militares suspeitos, conforme o andamento da investigação”, prosseguiu.

Ainda de acordo com o general Maurício Vieira, as armas do arsenal “estão sendo verificadas junto ao inquérito policial militar. “Há câmeras e todo esse material foi recolhido”, disse. O militar, entretanto, preferiu não dar muitos detalhes sobre a investigação em si, já que o caso está sob sigilo. Por fim, ele explicou que o Arsenal de Guerra é uma organização militar de manutenção. “Ele recebe esse armamento de outras organizações militares da região de São Paulo para fazer a manutenção. [Os armamentos] entram ali indisponíveis e há uma verificação se a recuperação é econômica. Se for antieconômica, há um processo de desfazimento, ou seja, esse material é inutilizado e retirado do patrimônio do Exército.”

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