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Lula diz que ‘terrorismo’ do Hamas não justifica ataques de Israel; oposição reage

Durante sua live semanal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a classificar os atos do Hamas terrorismo, mas também endureceu as críticas à reação de Israel após o ataque do grupo palestino que controla a Faixa de Gaza. “Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que esse país tem que matar milhões de inocentes”, disse Lula nesta terça-feira, 24, durante o Conversa com o Presidente. Membros da oposição ao governo logo se mobilizaram para repudiar as declarações feitas pelo petista. “Lula calado é um poeta (…) Israel não é responsável pelo conflito como Lula quer fazer parecer, inclusive mentindo em relação aos números (prática comum desse ex-presidiário). Israel precisa exercer seu direito de defesa em nome da própria existência. É lamentável que estejamos sendo governados por um bando de extremistas que adotam o que há de pior nas ideologias políticas”, escreveu o deputado Kim Kataguiri (União Brasil) em seu perfil no X (antigo Twitter).

“Israel ‘matar milhões de inocentes’? Lula repete sem qualquer pudor a propaganda do Hamas, usada pelos terroristas para justificar a morte de judeus e o fim do Estado de Israel. Vergonha”, disse o ex-deputado federal Deltan Dallagnol. “E lá vai o Lula falando imbecilidades mais uma vez”, declarou a conta oficial do MBL (Movimento Brasil Livre). Além de organizações e autoridades, internautas também se manifestaram contra o posicionamento do presidente.

“ONU enfraquecida”

Em sua live, Lula ainda teceu críticas à ONU (Organização das Nações Unidas) e afirmou que a entidade perdeu poder de ação para interferir em conflitos deste porte: “Todo dia, a gente vê Israel invadir a terra dos palestinos e a ONU não faz nada porque está enfraquecida. Esse é o meu papel, de tentar criar as condições para que a gente possa voltar a sentar à mesa de negociação. Ainda ontem falei com o Putin [presidente da Rússia] sobre a guerra da Ucrânia e sobre a guerra do Oriente Médio. É preciso que as pessoas parem”. “Numa mesa de negociação, não morre ninguém. Custa mais barato e a gente pode encontrar solução. É preciso que a gente consiga que lá, no Oriente Médio, Israel fique com o território que é seu e que está demarcado pela ONU e que os palestinos tenham o direito de ter a sua terra. É simples assim e não precisa ninguém ficar invadindo a terra de ninguém”, declarou.

Exército de Israel confirma a continuidade dos bombardeiros, com ataques a 400 alvos do grupo palestino Hamas nas últimas 24 horas, no 18º dia consecutivo de hostilidades na região. Até o momento são 7.191 mortos confirmados na guerra, sendo 1.400 em Israel e 5.791 em Gaza. O número de mortos inclui 2.360 crianças e os bombardeios também deixaram 16.297 pessoas feridas, conforme informou o Ministério da Saúde do enclave palestino.

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