InícioEditorialPolítica NacionalMauro Vieira volta a criticar ONU por “inércia” frente à guerra

Mauro Vieira volta a criticar ONU por “inércia” frente à guerra

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Chanceler disse que esforços foram mobilizados para reverter situação 07 de novembro de 2023 | 14:21

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, voltou a criticar, nesta terça-feira (7), a “paralisia lamentável” do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) frente à guerra no Oriente Médio. O chanceler brasileiro ponderou que a estabilidade internacional é essencial para a prosperidade e o desenvolvimento e comentou sobre a atuação do Brasil à frente do Conselho de Segurança da ONU.

“Mobilizamos todos os nossos esforços para reverter a paralisia do principal órgão do sistema multilateral em favor de uma solução para a alarmante situação humanitária na região. É lamentável, além de moralmente inaceitável, que uma vez mais o Conselho de Segurança não tenha conseguido estar à altura de seu nobre mandato”, afirmou.

O ministro Mauro Vieira falou sobre o tema, nesta manhã, durante a abertura da 6ª edição do evento Fórum de Investimentos Brasil, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também estava presente. O Fórum é uma parceria do governo federal, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

O Brasil presidiu o Conselho de Segurança da ONU em todo o mês de outubro, quando articulou uma resolução pedindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a abertura de um corredor humanitário para atender a população civil palestina.

A proposta teve maioria dos votos do conselho (12 entre 15 membros), mas recebeu o veto dos Estados Unidos. A potência econômica das Américas alegou que a proposta não mencionou o direito de Israel se defender. Vieira já havia criticado o conselho após a proposta costurada pelo Brasil ter sido vetada. Segundo ele, a reputação da ONU estaria vinculada a atuação do órgão no conflito do Oriente Médio

Para especialistas entrevistados pela Agência Brasil, a diplomacia brasileira atuou como moderador no Conselho, tentando não ser um ator político do conflito no Oriente Médio.

Conselho de Segurança

Criado junto com a ONU após a 2ª Guerra Mundial, o Conselho de Segurança da ONU é a instância responsável por zelar pela paz mundial. Para que uma resolução seja aprovada no conselho é preciso o apoio de nove dos 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto. O Conselho tem cinco membros permanentes, a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos.

Agência Brasil

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

OAB sugere para Paulo Pimenta o uso do Fundo de Defesa de Direitos Difusos para a reconstrução do RS

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil enviou, nesta sexta-feira (17), um...

“Livrai-nos de todo o mal”, diz Michelle sobre decisão de Moraes

O ministro do STF suspendeu na 6ª feira (17.mai) uma resolução do que proibia...

Lula recebe Haddad, Pimenta e mais ministros no Alvorada

Lucas Leffa/Secom 1 de 1 Imagem colorida de Lula em coletiva com ministros sobre...

Nunes apresenta projetos de combate à fome da Prefeitura de SP para representantes da ONU em Roma

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), participou de um encontro com representantes...

Mais para você