InícioEditorialPolítica NacionalCongresso deve analisar veto à desoneração nesta quinta; possível fim do benefício...

Congresso deve analisar veto à desoneração nesta quinta; possível fim do benefício coloca empresários em alerta

Às vésperas do recesso parlamentar, o Congresso Nacional marcou para esta quinta-feira, 14, a sessão que vai discutir o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia. Iniciada no governo de Dilma Rousseff, a medida reduz a contribuição previdenciária das empresas, de 20% sobre a folha salarial, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. O benefício aos setores que mais empregam no país termina no próximo dia 31 de dezembro, e deveria ser estendido até 2027. No entanto, por pressão da equipe econômica do governo, que teme perder receitas, Lula barrou a desoneração, que foi aprovada na Câmara e no Senado. Em entrevista à Jovem Pan News, o deputado Marcelo Freitas (União Brasil), presidente da Frente Mista em Defesa da Desoneração da Folha de Pagamento, alertou que o fim do benefício pode causar demissões: “Nós compreendemos que a desoneração da folha de pagamento é uma alternativa completamente viável para que nós possamos manter empregos em nosso país. Nós compreendemos, com certa clareza, que nenhuma nação consegue ser minimamente evoluída se não forçarmos a manutenção e geração de empregos em nossa nação”.

Para derrubar o veto presidencial é necessário maioria simples de votos, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 votos de senadores. Caso não se alcance essa votação, o veto é mantido. Apesar das sinalizações de diversos líderes partidários para a derrubada do veto, entre empresários o clima é de apreensão com o possível fim da desoneração, o que atinge 9 milhões de empregos. A presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Suruagy, alerta que cerca 400 mil funcionários do setor poderiam ser demitidos em dois anos com o fim da desoneração: “As telecomunicações são consideradas um serviço essencial. Mas, sem a desoneração, infelizmente nós teremos que demitir”.

“Isso é inimaginável em uma época que estamos implantando o 5G e em que os países procuram ser líderes em tecnologia, robótica, inteligência artificial e computação. Isso é desenvolvimento para o país. Nós somente vamos conseguir se nós tivermos uma carga tributária adequada”, declarou Vivien. Para Marcos Aurélio Ribeiro, que é assessor jurídico da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo (Fetcesp), será inevitável repassar o aumento de custos aos consumidores com o eventual fim da desoneração: “Haverá um aumento da inflação, um aumento de custo do transporte e um aumento do frete. Na situação que o país atravessa, isso não é desejável”.

*Com informações da repórter Soraya Lauand

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Bombeiro que matou 3 distraiu colega com açaí para furtar arma do QG

São Paulo – O bombeiro militar Ednei Antonio Vieira, de 42 anos, teria usado...

“Cena de guerra”, diz Eduardo ao mostrar rua de Porto Alegre alagada

Deputado está no Rio Grande do Sul desde 5ª feira (16.mai); o Estado é...

DF: ⁠briga entre moradores e condomínio irregular vira caso de Justiça

A ocupação de uma área pública de propriedade da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap),...

André Mendonça vota a favor da TV Globo no STF

Depois de Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, mais um ministro do STF, André...

Mais para você