Ministros do governo Lula, como Renan Filho, responsável pela pasta dos Transportes, e Carlos Fávaro, que ocupa o cargo de ministro da Agricultura, retomarão seus mandatos de senadores a partir desta terça-feira, 12. A decisão foi tomada com o objetivo de auxiliar na sabatina de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF), prevista para ocorrer amanhã, e também em votações estratégicas, como a Medida Provisória (MP) das subvenções. A sabatina de Dino acontecerá na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, simultaneamente à indicação de Paulo Gonet, escolhido por Lula para ocupar o cargo de Procurador-Geral da República. Essa estratégia foi adotada pelos governistas com o intuito de reduzir a pressão sobre ambos os indicados. Vale ressaltar que Gonet tem aceitação até mesmo entre os bolsonaristas. A votação em plenário está prevista para ocorrer também nesta quarta.
O retorno dos ministros ao Senado também está relacionado à análise da Medida Provisória (MP) que trata da tributação das subvenções do ICMS, medida que tem enfrentado forte resistência na Casa. O suplente de Renan Filho, Fernando Farias, do MDB de Alagoas, é contrário à matéria. Por esse motivo, os emedebistas concordaram em substituí-lo temporariamente, visando ajudar o governo a avançar com o texto. O governo tem enfatizado que a MP das subvenções é uma das propostas mais importantes para alcançar a meta de déficit zero em 2024. Portanto, a participação dos ministros-senadores é vista como fundamental para garantir o apoio necessário e a aprovação da medida. A expectativa é que, com a presença dos ministros, haja um reforço na articulação política e uma maior possibilidade de êxito nas votações estratégicas que estão por vir.